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“Se Deus quiser logo logo a voz dele vai ser calada”

Foto: Ricardo Migliorini

Da redação     -
10 de março de 2023

 

Presidente da Câmara Municipal de Osasco, Carmônio Bastos (Podemos) apresentou essa semana Moção de Repúdio contra a fala xenofóbica dita pelo vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), que ofendeu os trabalhadores encontrados em condição análoga à escravidão na vizinha Bento Gonçalves. Fantinel deu a entender que os homens, na sua maioria baianos, são preguiçosos e sujos.

 

Na sessão ordinária de terça-feira (7), durante processo de votação da Moção, Carmônio, que é baiano, criticou o parlamentar: “Eu não vou dar palanque para esse senhor. O que eu sinto por essa pessoa é pena. Quero falar para esse senhor que nós, baianos, somos trabalhadores, gostamos de carnaval e de música. Também gostamos de músicas gaúchas”, comentou sugerindo ainda a Fantinel que procure emprego em fazendas da Argentina. Durante seu discurso xenofóbico, o vereador gaúcho elogiou os argentinos dizendo que eles não têm preguiça de trabalhar e que são limpos.

 

A Câmara de Caxias do Sul recebeu quatro pedidos de cassação do mandato de Fantinel e, no último dia 2 de março, aceitou a abertura do processo de cassação. Foi criada uma comissão para analisar o caso. O grupo tem 90 dias para decidir se o vereador perderá o mandato.

 

“Nojento o que esse cidadão usou a tribuna da Câmara Municipal de Caxias do Sul para falar. Se Deus quiser logo logo a voz dele vai ser calada”, completou Carmônio se referindo ao processo de cassação. A Moção de Repúdio foi aprovada por unanimidade pelos parlamentares.

 

ENTENDA O CASO:

 

No dia 28 de fevereiro, o vereador Sandro Fantinel ofendeu os trabalhadores encontrados há cinco dias em condição análoga à escravidão na vizinha Bento Gonçalves. Fantinel deu a entender que os homens, na sua maioria baianos, são preguiçosos e sujos.

 

“Não contratem mais aquela gente lá de cima”, disse, referindo-se aos baianos. Em outro trecho, relaciona os motivos que o levaram a essa conclusão. “Com os baianos, que a única cultura que têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema”, detalhou.

 

Ainda em sua fala, o parlamentar “orientou” a contratação de argentinos. “São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantêm a casa limpa, e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão pelo serviço prestado e pelo dinheiro que receberam”, disse.