O governador João Doria assinou, nesta quarta-feira (30), o termo de compromisso com a biofarmacêutica Sinovac Life Science para fornecimento de 46 milhões de doses da Coronavac ao estado de São Paulo até dezembro de 2020. O potencial imunizante contra o coronavírus é desenvolvido em parceria com o Instituto Butantan.
“São Paulo não perde tempo, São Paulo quer proteger a saúde e a vida dos brasileiros”, afirmou o Governador. Doria também esclareceu que já há um entendimento verbal entre a direção do Butantan e a Sinovac para que outras 14 milhões de doses da vacina sejam fornecidas em fevereiro de 2021. Se a Coronavac tiver sucesso na última etapa dos testes, o Butantan pedirá a aprovação emergencial do imunizante à Anvisa.
O objetivo do governo de São Paulo é iniciar uma campanha de vacinação contra o coronavírus na segunda quinzena de dezembro, com prioridade para profissionais de todas as unidades públicas e privadas de saúde de São Paulo. A segurança do imunizante já foi comprovada em uma pesquisa com mais de 50 mil voluntários na China.
A vacina também já vem sendo testada no Brasil desde julho e, atualmente, os estudos clínicos da última fase são acompanhados por 12 centros de pesquisa científica em cinco estados e no Distrito Federal.
Tanto na China como no Brasil, os testes clínicos passaram a envolver voluntários com mais de 60 anos, que são o grupo mais suscetível aos sintomas graves da COVID-19. De acordo com o Butantan, que coordena a pesquisa no Brasil, a expectativa é que os testes de eficácia da Coronavac sejam encerrados até o dia 15 de outubro.
O acordo foi assinado no Palácio dos Bandeirantes pelo governador Doria, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o vice-presidente mundial da Sinovac, Weining Meng. No valor de US$ 90 milhões, o contrato também formaliza a transferência de tecnologia para produção da vacina pelo Butantan. Até dezembro, a farmacêutica vai enviar 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão formuladas e envasadas em São Paulo.