O prefeito Igor Soares (Podemos) conseguiu um fato inédito na história política de Itapevi. A coligação de apoio à sua reeleição reúne do PT ao PSL. Talvez seja a única cidade no País que tenha conseguido unir esquerda e direita em torno de uma única candidatura. Na região, com certeza, o fato é inédito. É a bandeira da cidade e do município acima de qualquer ideologia.
A lista dos partidos que estão com Igor inclui o PSDB, que hoje tem em suas fileiras a ex-prefeita Ruth Banholzer (PSDB), médica querida na cidade e adversária de Igor na última eleição. O PSB de Márcio França também está com Igor e dentre seus integrantes se encontra João Caramez, também ex-prefeito e com histórico forte em disputas com chapa majoritária. Márcio França tem candidata na cidade vizinha, Barueri, mas não quis se aventurar em Itapevi. Nem mesmo o PT, do ex-vereador Fláudio, quis se lançar candidato. Nesta eleição, os petistas serão Igor. E para encerrar a análise dos mais divergentes, quem também está com Igor é o PSL, representante forte do eleitorado de direita. O PSL é a antiga legenda do presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido.
“A aprovação da população credencia nosso governo para, de forma muito respeitosa, conversar com essas lideranças independente de suas ideologias políticas. Uns são do PT, outros mais de direita, alguns já foram governo, outros oposição, mas todos eles tem o seu valor e todos contribuem ou contribuíram, em dado momento, para o crescimento de Itapevi. Neste momento, conseguimos convergir estas idéias”, explica o prefeito. “A gente se sente muito orgulhoso porque é a única cidade do país que conseguiu unir direita e esquerda e colocou os interesses da população em primeiro lugar”, completa.
E quem pensa que essa união em torno da reeleição de Igor será em troca de cargo, pode tirar o cavalinho da chuva. O prefeito fala orgulhoso que, em quatro anos de mandato, conseguiu reduzir de 800 para 186 os cargos em comissão na prefeitura. “Esse risco não corre, apoio em troca de cargo. Jamais vou criar mais cargos. Jamais vou fazer esse tipo de negociata”, garante. “Os partidos estão comigo porque acreditam em nosso projeto de governo”.