A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo deflagrou, nesta semana, a operação Res Aliena com foco na cobrança de ICMS Substituição Tributária (ICMS-ST). São alvos da ação 68 empresas, que devem juntas aproximadamente R$ 366 milhões de ICMS-ST já cobrado e não recolhido aos cofres públicos. A cobrança de ICMS por Substituição Tributária é a modalidade de tributação na qual o Fisco atribui a responsabilidade de recolhimento do ICMS de toda a cadeia de distribuição a um único contribuinte, que se torna o responsável por repassar ao Estado o imposto retido e destacado em documento fiscal.
Conforme previsão contida na Lei 8.137/90, comete crime contra a ordem tributária o contribuinte que deixa de recolher, no prazo legal, valor de tributo descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos. Para tal crime, além de multa, é prevista pena de detenção de 6 meses a 2 anos, podendo chegar a 3 anos em caso de grave dano à coletividade.
Foram selecionados contribuintes de 17 Delegacias Regionais Tributárias, localizados em 50 municípios, que serão convocados pelos agentes fiscais de renda dos Núcleos Fiscais de Cobrança para reuniões virtuais entre os dias até 11/12 e que contarão com a participação de procuradores do Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal (Gaerfis). Na região estão inclusas empresas de Cotia e Barueri.
Os contribuintes que não regularizarem seus débitos passarão a ser tratados pelo CIRA/SP, o qual poderá propor medidas administrativas e judiciais, inclusive de natureza penal, com vistas à recuperação de tais ativos para o Estado. O CIRA (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos) é integrado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento, Ministério Público e Procuradoria Geral do Estado.