Após a conquista do bronze de Servílio de Oliveira, nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México, o boxe viveu um hiato de 44 anos até as medalhas de Esquiva Falcão (prata), Yamaguchi Falcão (bronze) e Adriana Araújo (bronze) em Londres, 2012.
Em 2016 a modalidade conquistou mais uma medalha, com o ouro de Robson Conceição e agora em 2021, na Tóquio 2020, o boxe brasileiro repetiu a dose e já garantiu, pelo menos, duas medalhas de bronze. Uma delas com Abner Teixeira, que venceu o jordaniano Hussein Ishaish e se garantiu entre os quatro primeiros da competição. Mas o osasquense quer mais.
“Não estou tranquilo porque já tenho uma medalha. Ainda estou na guerra. Só quando acabar, quando eu estiver no pódio, se Deus quiser com a medalha de ouro”, falou o pugilista que nesta terça-feira (3) entra no ringue às 6h50 (de Brasília) para enfrentar o cubano Julio César La Cruz, um adversário já conhecido.
“O Abner está bem e muito confiante. Ele perdeu para esse adversário há 2 anos no Pan-americano, na mesma semifinal, em uma luta bem discutida. Agora ele chega com mais experiência e mais chance de vitória”, explicou Luis de Jesus, primeiro professor de Abner, e que tem uma academia na cidade de Osasco.
Mesmo nascido em Osasco, Abner se mudou para Sorocaba ainda muito criança, mas já prometeu ao seu professor, com quem conversa, direto de Tóquio, quase diariamente, que voltando do Japão irá lhe fazer uma visita com a medalha no peito. Quem sabe, com a dourada.