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Hospital de Barueri faz estudo que identifica Covid na retina
Da redação     -
09 de agosto de 2021

Na semana passada, o artigo conduzido pela equipe de oftalmologia do Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) foi publicado na revista norte-americana JAMA Ophthalmology. O estudo, realizado com a colaboração da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), identificou a presença do vírus Sars-Cov-2 na retina de pacientes com Covid-19.

Para desenvolver a pesquisa, foram analisados os olhos doados pelos familiares de três pacientes do HMB que faleceram por Covid-19. Dois pacientes eram homens e um era mulher, com idade entre 69 e 78 anos, e todos estavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), receberam ventilação mecânica e apresentavam complicações pulmonares graves.

“Nós fomos a primeira equipe do mundo que descobriu alterações oftalmológicas relacionadas ao novo coronavirus. No primeiro estudo, vimos os sinais que a doença causava nos olhos, como hemorragias e infartos.  Por isso, decidimos ampliar as pesquisas. E com a microscopia eletrônica, que aumenta muitas vezes a retina, encontramos de fato a partícula viral compatível com a Covid nos olhos que já apresentavam sinais clínicos”, explica Heloísa Nascimento, coordenadora de oftalmologia do HMB e coautora do artigo.

O estudo inicial, feito entre março e junho de 2020, foi desenvolvido com 60 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do HMB e com 44 pacientes de enfermaria do Hospital São Paulo. Dos 104 pacientes participantes, 21,9% apresentaram lesões oculares e 3%, lesões que comprometiam a visão. A pesquisa mais recente, que identificou a presença do vírus na retina, indica que essas complicações oculares podem ser provocadas porque o vírus está alocado diretamente nos olhos e provavelmente não são consequências ou sequelas da infecção geral causada pelo novo coronavírus.

A equipe ressalta que a identificação do próprio vírus nos olhos aponta que após a infecção inicial no sistema respiratório, o Sars-Cov-2 pode se espalhar pelo corpo do paciente, e atingir diferentes órgãos e tecidos. Essa evidência científica, comprovada por meio de duas abordagens diferentes, pode ajudar a esclarecer alterações anormais geradas pela doença, ampliar a compreensão das sequelas, além de expandir o conhecimento para pesquisas futuras.