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”Bala perdida nunca acerta morador do Morumbi”, diz vereador

Foto Caio Henrique

Da redação     -
17 de agosto de 2021

A Câmara Municipal de Osasco realizou, nesta sexta-feira (13), uma Sessão Solene em homenagem ao Movimento Mães de Maio, formado por mães e familiares de jovens vitimados pela violência do Estado, no ano de 2006, em São Paulo.

A solenidade foi solicitada pela vereadora Juliana da AtivOz (PSOL), que presidiu a sessão, e contou com a presença do vereador Emerson Osasco (REDE), que secretariou o encontro. Contou ainda com outros integrantes da mandata da AtivOz de Osasco, de líderes comunitários, autoridades locais, representantes do movimento negro, assessores políticos e militantes de movimentos sociais, além de representantes do movimento Mães de Maio.

O evento iniciou com um vídeo com relatos emocionantes das Mães de Maio, contando episódios de violência sofrida por seus filhos. Os convidados, então, puderam usar a tribuna para discursar contra a violência e o preconceito policial aos jovens das periferias e para pedir políticas públicas voltadas aos mais vulneráveis.

Emerson Osasco destacou sua luta contra o racismo e contra a violência que sofrem moradores das periferias. “Para acabar com essa política racista e genocida, eu e muitos outros estamos ocupando espaços de poder na política. E é para acabar com essa política assassina que eu e muitos outros estamos nas ruas lutando. Porque nós sabemos que essa bala perdida só acerta preto e pobre na periferia, ela nunca acertou ninguém no Morumbi”, desabafou o parlamentar.

Ao fim do evento, a vereadora Juliana da Ativoz adiantou a proposta da criação da Semana Municipal das Pessoas Vítimas de Violência de Estado. “Esse dia nasceu também da necessidade da gente prestar essa homenagem e tornar isso uma política pública. Conversei com alguns vereadores da casa e nós vamos propor um projeto de lei que cria a Semana Municipal das Pessoas Vítimas de Violência de Estado na cidade de Osasco e ela vai ser celebrada anualmente no mês de agosto”, adiantou Juliana.

Enquanto o CREMESP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) soma 493 mortes entre os dias 12 e 20 de maio de 2006, o Ministério Público atua com o número de 243 mortes, relacionadas efetivamente à referida semana. Já a Secretaria de Segurança Pública considera apenas 140 casos, registrados como resistência seguida de morte. O movimento divulga que, segundo estatística do Observatório das Violências Policiais, 194 mortes são atribuídas a agentes policiais, 33 mortes à Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e 161 a policiais da força tática, policiais civis, policiais militares e pessoas encapuzadas.

História
Segundo o movimento, em maio de 2006, policiais e grupos paramilitares de extermínio realizaram uma “onda de resposta” aos “ataques do PCC”, como foram chamados pela mídia os atos de violência cometidos na época por uma facção criminosa que age dentro e fora de presídios no Brasil. A ação resultou no assassinato ou desaparecimento de 493 pessoas – dessas, mais de 400 jovens negros, afro-indígena-descendentes e em situação de vulnerabilidade social.

Uma série de atividades começou a ser realizada desde que as primeiras famílias de vítimas de violência policial começaram a superar o luto da morte de seus entes. Os pontos fundamentais de atuação do movimento são o acolhimento e a solidariedade entre familiares e pessoas próximas de vítimas do Estado; a denúncia constante dos casos e da situação de investigações e processos; a participação em encontros, debates, seminários, conferências; e a organização de ações de luta, como protestos, vigílias e marchas.