Campeão Mundial em 2012, Tetracampeão Sul-Americano, Pentacampeão da Superliga, e atual Campeão Paulista, o Vôlei Osasco, a mais vitoriosa equipe esportiva da cidade, segue a sua preparação para a estreia no estadual no dia 31 de agosto. A meta é ser bicampeão. Para isso, para a temporada 2021/22 o time de Luizomar de Moura vem bem diferente, as medalhistas olímpicas Bia e Roberta, a veterana Jaqueline e as novatas Tainara, Gabi Cândido e Mayany, deixaram a equipe. Dentre as novidades destaque para a oposta/ponteira Tifanny Abreu, para a central Fabiana, a ponteira Michelle Pavão e a líbero Key Alves. Além de outros nomes, como as levantadoras Fabiola e Kênia, e as ponteiras Silvana e Carla.
Já entre as que permanecem o principal nome é o da líbero Camila Brait, que vai para a sua incrível 14ª temporada com a camisa do Osasco, uma identificação talvez sem precedente na história do clube. Por outro lado, o time vive a expectativa de uma solução para o caso Tandara. A oposta foi suspensa, durante a Olimpíada, após dar positivo no exame antidoping para a substância ostarina. O julgamento do caso ainda não está marcado. O técnico Luizomar de Moura faz questão de defender sua jogadora. “Eu conheço a Tandara desde os 14 anos de idade. A primeira temporada dela nas seleções de base foi por meio da nossa comissão técnica. A gente fica bastante triste porque sabia principalmente do foco dela em conquistar uma medalha olímpica, e é uma menina que a gente tem muito carinho e vamos esperar o que vai acontecer”, falou. E é justamente com o peso de substituir Tandara, até que esta situação se resolva, que Tifanny chega à Osasco. “Eu vou jogar nesta posição (oposta) por enquanto, até que a nossa querida Tandara volte, e eu quero fazer o meu melhor, para entregar o lugar dela da melhor forma para seguirmos juntas”, explica a jogadora. Para Tifanny o time vem bem forte para esta temporada, “A equipe foi montada para brigar por títulos, e seja como for a gente vai fazer isso”, analisa a jogadora deixando o seu recado. “Quem sabe uma rottweiler está chegando”, disse bem-humorada em referência ao apelido de pitbull dado a Tandara pela torcida.
“Não vejo a hora de jogar com esse ginásio lotado”, diz Michele
Além da contratação de Tiffany, outra jogadora que também chega para defender as cores de Osasco é a experiente ponteira Michelle Pavão e, desta vez, sem a sua irmã gêmea Monique, que nesta temporada irá defender o Sesc Flamengo, do Rio de Janeiro. Ambas estiveram juntas até a temporada passada no Praia Clube, de Minas Gerais. “Desde o início fui muito bem recebida aqui. De longe recebi o carinho da torcida e eu não vejo a hora de ver este ginásio lotado. Eu sempre tive esta torcida contra e agora tendo a favor irá fazer toda a diferença, tenho certeza. Já estou me sentindo em casa, apesar do pouco tempo que estou aqui”, disse Michelle comentando sobre um dos maiores motivos da fama do vôlei Osasco, a sua fanática torcida. E não são apenas jogadoras consagradas e experientes que chegam à Osasco, o clube também investe em revelações, como é o caso da líbero Key Alves, que também trabalha como modelo. Ela, porém, é bem clara ao falar onde o coração bate mais forte. “No vôlei, com certeza, onde jogo há dez anos”, relata a modelo/jogadora que também quer ver o ginásio lotado. “Estou ansiosa para passar este momento de pandemia”. Key será reserva de Camila Brait.
Uma bicampeã olímpica também integra o time
Outra estrela que chega para brilhar na constelação do Osasco São Cristóvão Saúde é a central e bicampeã olímpica Fabiana que, pela primeira vez, em sua vitoriosa carreira irá vestir a camisa de um dos clubes mais tradicionais do vôlei feminina brasileiro e mundial. “Fiquei parada um ano por conta da gestação, então estou assim, um passo de cada vez. Agora estou focada na minha parte física, para tentar voltar a este condicionamento físico e tudo mais, para conseguir voltar realmente dentro de quadra e iniciar com toque, manchete, tudo devagar”, explicou Fabiana falando sobre a situação de ter ficado um ano parada devido à gestação de seu filho, Asaf.
Luizomar quer Chumba da África e Adams dos EUA
As Olimpíadas de Tóquio também fizeram parte da vida do técnico do vôlei Osasco, Luizomar de Moura. Ele comandou a seleção do Quênia, fazendo parte de um projeto da FIVB (Federação Internacional de Voleibol) para a popularização do esporte naquele país. E desta experiência olímpica pode pintar mais um reforço para Osasco, a oposta Chumba. “A Chumba talvez seja um projeto muito mais para dar continuidade naquilo que nós fizemos para a preparação para os Jogos Olímpicos´. É uma menina que tem muito potencial e seria fantástico ela fazer parte de uma equipe como a nossa”, explica Luizomar. Porém, não é só uma novata como Chumba que foi especulada, nomes consagrados como a da oposta Sheilla e da central norte-americana Rachael Adams, também estiveram no radar. E é o próprio Luizomar que nos dá um panorama geral sobre a situação. “No caso especifico da Sheilla é uma jogadora que tem uma identidade muito grande com a equipe, mas foi só especulação. Já a (Rachael) Adams é uma jogadora que a gente vem conversando, que a precisa de alguns acertos para que possa ser concretizada esta contratação. Então, a diretoria está batalhando para ajustar os investimentos e patrocinadores”, finaliza.