Seis amigos bebiam em um bar na avenida Inocêncio Seráfico, altura do número 2500, em Carapicuíba, quando um casal, integrante do grupo, começou a brigar. Luana e Daniel, de 23 e 33 anos respectivamente, são travestis e a discussão começou porque ele, que havia voltado de um programa, não queria que ela saísse com um cliente que já tinha pago antecipadamente pelo serviço.
Na delegacia, Luana disse ser caixa de mercado e Daniel recepcionista. Nas horas vagas, fazem programas. Os dois moravam juntos, no Santa Brígida, em Carapicuíba, há dois anos.
Os dois começaram a bater boca e Daniel passou a agredi-la. Ela correu para trás do balcão e como Daniel é muito maior que Luana, a travesti sacou um canivete da bolsa para se defender. No calor da briga, enfiou o canivete em Daniel, que atingiu o coração, levando-o a óbito no local.
No momento, em que os demais amigos do casal perceberam a gravidade do fato, saíram do bar. O proprietário, conhecido como Cícero, fechou o estabelecimento e Luana correu até a delegacia.
Ela retornou com a polícia e pediu que Cícero abrisse o bar. O dono do boteco, que manteve as cenas do crime inalteradas, relatou a mesma versão de Luana. A polícia científica foi acionada.
De acordo com o boletim de ocorrência, aberto no 1º DP de Carapicuíba, o caso foi registrado como homicídio simples e aparenta ter sido por legítima defesa, já que Luana havia sido vítima de agressões por parte de Daniel em outras circunstâncias. O crime será investigado.