Morreu na segunda-feira (27), Geisa Sfanini, de 32 anos, que teve 90% do corpo queimado no dia 2 de setembro após uma explosão em sua casa na rua David Jarawan, no Jardim Bussocaba, em Osasco. A explosão foi causada pelo uso de álcool para cozinhar. Sem dinheiro para comprar gás, ela improvisou um lugar para aquecer o jantar. Usou tijolos e uma lata com produtos inflamáveis em cima do fogão.
Após a notícia da morte da moradora de Osasco, o deputado estadual Emidio de Souza (PT) desabafou e culpou o presidente Jair Bolsonaro pelo “sofrimento que seu governo causa ao povo”. “Revoltante! Uma moradora de Osasco que se feriu gravemente ao esquentar a mamadeira do seu bebê com álcool morreu. Isso é um crime! Bolsonaro deve responder pelo sofrimento que seu governo causa ao povo. Se não morre pelo vírus, morre pela miséria, pela fome”, divulgou em suas redes sociais.
Hoje, em alguns lugares, o preço do botijão de gás chega a R$ 110. Geisa Stefanini e o filho viviam em um quarto e cozinha que era pago pela prefeitura de Osasco, através de um programa de bolsa aluguel, destinado às famílias em situação de vulnerabilidade social.
Ela estava desempregada e sustentava a criança com cerca de R$ 375 que recebia do Programa Bolsa Família, do governo federal, além de bicos como vendedora de perfume, de acordo com os relatos da vizinhança da casa onde morava.
Nesta terça-feira (28), Emidio também criticou os mil dias de governo de Jair Bolsonaro e disse que o presidente “levou a população à miséria”. “Os 1000 dias do governo Bolsonaro podem ser resumidos numa só palavra: DESTRUIÇÃO. Atentou contra a vida, violou direitos, acabou com a soberania nacional e levou a população à miséria. O Brasil é maior que Bolsonaro e felizmente esse pesadelo está perto do fim”, completou se referindo às eleições do ano que vem, quando o PT deve lançar o ex-presidente Lula como candidato a presidente.