O uso de máscara em locais abertos deixará de ser obrigatório em todo o estado de São Paulo a partir do dia 11 de dezembro. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB).
O deputado estadual Emidio de Souza (PT) criticou a decisão do governo estadual. Para ele, essa liberação ainda é precoce e irresponsável.
“Doria age no limite da irresponsabilidade ao liberar o uso de máscara em locais públicos de SP a partir de dezembro. Não é hora de abrir a guarda. O vírus ainda circula entre nós”, reclamou o parlamentar.
Conforme o governo estadual, a decisão está amparada em orientação do Comitê Científico do Estado e em dados positivos de avanço da vacinação e do cenário epidemiológico. O uso das máscaras continua obrigatório em ambientes fechados e no transporte público.
“Ao ultrapassar os 75% da população totalmente imunizada, o governo de SP vai retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre a partir do dia 11 de dezembro”, destacou Doria.
O novo decreto que tratará da flexibilização do uso de máscaras deve ser editado e publicado no Diário Oficial do Estado nas próximas semanas.
“Nas áreas internas e nas áreas de transporte público, inclusive nas estações, mesmo que a céu aberto, o uso de máscara continuará sendo obrigatório”, pontuou o governador.
Na quarta-feira (23) o estado registrava 74,5% da população com esquema vacinal completo e deve ultrapassar, já nesta semana, a marca de 75%.
São mais de 34,4 milhões de pessoas acima de 12 anos completamente imunizadas, ou seja, com duas doses do imunizante do Butantan/Coronavac, da Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech, além da dose única da Janssen. Se considerada apenas a população adulta, SP tem hoje cerca de 93% das pessoas vacinadas.
O governo estadual explicou que um ponto analisado pelos especialistas para a tomada de decisão foi o impacto de 100% da capacidade de público em eventos culturais, esportivos e de lazer que está vigente em SP desde o dia 1º de novembro.
As análises não identificaram aumento no cenário epidemiológico nos últimos 20 dias, demonstrando que a vacinação e as medidas de proteção mantiveram o controle da pandemia.