A prisão de Wenerson Francisco Alves Silva acusado de feminicídio, pela segunda vez contra a mesma mulher, escancarou uma situação relativamente comum nas Delegacias da Mulher de todo o país.
Durante depoimento à delegada titular, Amélia Bretas, de Barueri, o acusado foi cínico e disse que “a faca entrou sozinha nas costas da mulher”. Para complicar a situação, a esposa dele escondeu a arma do crime para livrá-lo de maiores complicações com a Justiça. E detalhe: no momento da prisão ambos estavam na mesma cama como se nada tivesse acontecido.
A delegada já solicitou que a Justiça o mantenha preso para evitar que o pior aconteça. Essa é a segunda vez que ele tenta matar a esposa. A primeira foi em 2017. A detenção atual ocorreu no dia 8 de dezembro e a vítima não morreu porque o socorro foi rápido. A facada provocou uma perfuração de 4 centímetros.
Ela abriu boletim de ocorrência e, na delegacia, a escrivã chefe percebeu que era o mesmo homem preso em 2017 e pediu à delegada que pedisse a prisão temporária. Nesse meio tempo, entre a abertura do B.O e a melhora da vítima, o casal já tinha feito as pazes. Por isso que, no momento da prisão, ambos estavam na cama.
Wenerson não ofereceu resistência ao cumprimento de mandado de prisão temporária, que deve ser alterada para preventiva. Como estava na cama com ela, saiu de casa sem camisa.
A prisão foi efetuada pelos investigadores Fernando, Carlos, João, Filipe, Guilherme, Gustavo e Laysa e o caso será conduzido pelo delegado assistente doutor Adauto.