Em entrevista ao Diário da Região, Jorge Lapas, secretário executivo do Cioeste (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste), disse que uma empresa europeia fará um estudo climático das cidades que compõem o consórcio.
O objetivo é analisar desde as mudanças climáticas nestes municípios ao grave problema das encostas.
Esses dois fatores, em geral, ocasionam as maiores tragédias como enchentes e deslizamentos de terra.
Lapas explicou que esse estudo de projeção climática, contratando junto à União Europeia, vai destinar um milhão de euros divididos entre Osasco e uma cidade da Argentina. Deste total 90% ficam para o município brasileiro.
“A cidade não vai receber em dinheiro, optou-se por receber esse valor em serviço por parte dessa empresa que fará o estudo e passará o resultado para a região”, disse.
A França é um dos países europeus que domina esse tipo de estudo. O protocolo já foi assinado, entre as partes, no final do ano passado.
Atualmente, muitas cidades que compõem o Cioeste fazem uma espécie de “enxuga gelo” na questão da ocupação de áreas de risco.
Famílias ocupam locais de encostas ou beira de córregos e quando são atingidas pelas enchentes ou deslizamentos, acabam transferidas para Bolsa Aluguel ou imóveis populares. Em poucos meses, a área desocupada está com novo assentamento e situação se repete.
‘O estudo vai apontar caminhos que se forem acatados podem evitar catástrofes naturais”, explicou Lapas.
Segundo ele, a alternativa de construir piscinão é muito cara e o relatório europeu deve apontar caminhos mais eficazes e, talvez, mais baratos.