Marco Pigossi quebrou a web ao assumir relacionamento com o cineasta Marco Calvani em novembro e, desde então, tem demonstrado estar cada vez mais feliz em assumir publicamente a sua homossexualidade, conforme ele relatou em entrevista a João Batista Jr da Revista Piauí. Porém, durante a entrevista, ele também relatou as dificuldades que teve em se aceitar, a começar desde pequeno: “Na minha pré-adolescência, lembro que nunca tive um amigo, um vizinho, um primo ou um tio homossexual, pelo menos assumidamente. Nenhum gay frequentava a casa dos meus pais, em São Paulo. Então, quando comecei a perceber minha orientação, achei – ou quis achar, na verdade – que se tratava de algo passageiro.
“Eu não tinha referência alguma no meu convívio e, quando assistia à televisão, nada servia como alento. Nas novelas ou nos programas de humor, quase sempre os gays eram retratados de forma caricata, pejorativa. Então, me sentindo solitário e sem amparo, me restava torcer para que fosse apenas uma fase”, contou Pigossi, que decidiu estudar teatro por ser uma “rota de fuga” e um espaço na qual pudesse ser o que ele quisesse.
Todavia, ele depois se viu freado a assumir o que sentia por conta da fama: “Depois de interpretar alguns personagens secundários na TV Globo, consegui finalmente um papel de destaque em Caras & Bocas, do Walcyr Carrasco. A novela foi ao ar em 2009, e meu personagem, o Cássio, era um gay afeminado que falava o bordão ‘fiquei rosa chiclete’, como sinônimo de ‘estou passado’”.
A frase caiu no gosto do público. O personagem e a própria novela fizeram um tremendo sucesso. Na minha cabeça, não havia nenhuma margem de chance para eu me assumir. Se fizesse isso, todas as portas se fechariam para mim de forma automática”. (ofuxico.com.br)