O caso de suspeita de doping da oposta Tandara será julgado na próxima segunda-feira, 23, pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). A informação foi divulgada pelo jornalista Demétrio Vecchioli no portal de notícias Uol.
A atleta do Osasco São Cristóvão Saúde está afastada há dez meses por ter sido flagrada em exame antidoping com a substância proibida ostarina em seu organismo. Segundo Vecchioli, a defesa tentará provar que suplementos alimentares comprados pela atleta da seleção brasileira de vôlei em duas farmácias de manipulação de São Paulo estavam contaminados. Ainda conforme o jornalista, não existe prova de que isso tenha acontecido.
“O advogado Marcelo Franklin, conhecido por inúmeras vitórias usando este mesmo argumento, solicitou diversas vezes que o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) avaliasse produtos supostamente consumidos por ela, em busca de uma contaminação cruzada. Mas nenhum deles apontou a presença de ostaria”, explicou Vecchioli.
A defesa de Tandara então apresentou laudos identificando que outro suplemento supostamente vendido pela mesma farmácia continha outra substância também proibida. E, ato contínuo, alegar que a farmácia que vendeu o suplemento tem histórico de contaminação cruzada.
Tandara testou positivo em exame antidoping surpresa realizado no CT do vôlei, em Saquarema (RJ), assim que as jogadoras voltaram de 10 dias de descanso com a família, depois da Liga das Nações, em julho do ano passado.
Como a meia-vida da ostarina é curta, a substância só poderia ter entrado no corpo dela no máximo um dia antes do exame — caso contrário, não seria identificada.
Caso seja considerada culpada pelo doping, Tandara pode pegar de dois a quatro anos de suspensão. Ela já cumpre suspensão provisória desde o ano passado.
Afastada das quadras, Tandara já declarou que é pré-candidata a deputada federal pelo MDB. (com www.uol.com.br)