Oito das 21 metralhadoras do Exército que foram furtadas do Arsenal de Guerra do Quartel em Barueri foram recuperadas nesta quinta-feira (19) na Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A apreensão de 4 metralhadoras .50 e outras 4 MAGs, calibre 7,62, foi feita por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil do RJ, com apoio da Inteligência do Exército.
Outras 13 armas ainda estão desaparecidas: 7 .50, capazes de derrubar aeronaves; e 6 MAGs, usada para combate.
O furto foi descoberto no último dia 10 de outubro, mas, segundo apurou o g1, as armas foram levadas do Exército no feriado de 7 de setembro. A investigação já identificou suspeitos de participação no furto.
Atualmente, cerca de 160 militares estão “aquartelados” no quartel desde a semana passada. Todos tiveram seus celulares confiscados e estavam trabalhando entre os dias 6, 7 e 8 de setembro.
Antes, aproximadamente 480 tinham sido “retidos” inicialmente. Mas, na terça-feira (16), 320 deles foram “soltos” para voltarem para suas casas. Mais de 50 militares já foram ouvidos pelo Exército no Inquérito Policial Militar (IPM) que apura o sumiço das metralhadoras.
A investigação sobre o desaparecimento do armamento é feita exclusivamente pelo Comando Militar do Sudeste (CMSE), na capital paulista, e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), com sede em Brasília.
O sumiço das armas foi verificado somente em 10 de outubro, durante uma vistoria para contagem das armas. De acordo com os investigadores do Exército o armamento pode ter sido encomendado por facções criminosas. E o desaparecimento dele confirmou falhas na fiscalização e controle das metralhadoras.
Documentos do Exército de 2020 já demonstravam a preocupação do órgão com outros desvios de armas registrados anteriormente. Neles constam dados de que criminosos estariam cooptando militares para conseguir comprar armas de grosso calibre de uso exclusivo do Exército.
O objetivo do crime organizado é o de usar o arsenal em roubos a carros-fortes e bancos, invadindo cidades pequenas, numa ação que ficou conhecida como “Novo Cangaço”. (com informações g1)