Uma farmácia da rede Carrefour, em Osasco, vendeu teste de glicemia com a agulha usada. O aparelho foi posteriormente colocado em contato com o sangue de uma enfermeira, que denunciou o caso à polícia.
A enfermeira afirmou ter interrompido o tratamento de fertilização in vitro que fazia para tomar remédios de prevenção ao HIV e Hepatite B.
O aparelho teria sido mostrado à mulher na primeira segunda-feira de dezembro já com a agulha no medidor. No entanto, ao chegar em casa, a enfermeira notou um teste já realizado na aba “memória”. De acordo com o manual, as agulhas deveriam estar dentro de um saco lacrado com dez unidades.
O gerente da loja assumiu a venda do medidor usado. “Este aparelho, o cliente iria adquirir, mas não sabia usar. A enfermeira fez um teste de demonstração e ele achou muito complicado. Não quis comprar o teste. O que tinha que ter sido feito, esse aparelho tinha que ter sido descartado”, explicou.
A rede Carrefour informou que desligou a funcionária que vendeu o aparelho violado. A enfermeira e seu marido estão recebendo todo apoio financeiro e psicológico do hipermercado.
A tentativa de gravidez in vitro foi suspensa temporariamente até que testes futuros demonstrem se o uso compartilhado da agulha no teste de glicemia transmitiu alguma doença à enfermeira.