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Padre de Osasco é alvo da PF por participar de atos golpistas de 8 de janeiro

Divulgação

Da redação     -
08 de fevereiro de 2024

Um padre que atua na diocese de Osasco foi alvo, nesta quinta (8), da operação deflagrada pela Polícia Federal contra suspeitos de tentar dar um golpe de Estado no país.

Na decisão do ministro Alexandre de Moraes, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva citado como integrante do núcleo jurídico do esquema, que atuaria no “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

O religioso foi alvo de um mandado de busca e apreensão e terá que cumprir as seguintes medidas cautelares, segundo decisão do STF:

* a proibição de manter contato com os demais investigados;

* proibição de se ausentar do país, com determinação para entrega de todos os passaportes (nacionais e estrangeiros) no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.

A Diocese

Para a imprensa, a diocese de Osasco informou que não possuía informações oficiais e aguarda a conclusão do caso.

Por meio de nota, a entidade disse “se colocará sempre ao lado da Justiça, colaborando com as autoridades na elucidação do caso”.

Segundo a investigação, fazem parte do núcleo jurídico:

• Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;

• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;

• Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;

• José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco;

• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

De acordo com a PF, o padre participou de uma reunião no dia 19 de novembro de 2022, com Filipe Martins e Amauri Feres Saad, como indicam os controles de entrada e saída do Palácio do Planalto.

“Como apontado pela autoridade policial, ‘José Eduardo possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigados em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas’”, diz a decisão.

Em apenas uma rede social, José Eduardo de Oliveira e Silva possui 288 mil seguidores.(com G1)

 

Fotos: