Em entrevista ao Diário da Região, Pedro Sotero, secretário da Habitação de Osasco, revelou quais obras serão realizadas com os R$ 123 milhões do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) liberados recentemente pelo governo federal ao município. A Secretaria enviou para Brasília nove projetos. Desse total, seis foram aprovados.
Segundo Sotero, três deles beneficiam as áreas de encostas no município. “Esse é um problema crônico na nossa cidade. Serão realizadas obras na Rua da Mina, no Portal D’Oeste; na Castanha do Pará que era a segunda área mais crônica no município; e também a Herbert de Souza”, citou o secretário. As duas últimas áreas ficam no Jardim Bonança.
“Foram selecionadas as encostas que hoje traduzem maior risco para nossa população. Isso vai beneficiar milhares de famílias e não só porque terão moradia digna, mas vai beneficiar também quem está no entorno porque quando uma encosta vem abaixo a gente não sabe até onde vai parar. Então tem um benefício para região como um todo”, completou Sotero. Para as obras de contenção de encostas serão investidos R$ 44 milhões.
Os outros quase R$ 80 milhões serão utilizados na continuidade das obras de reurbanização do Jardim Rochdale em um trecho que fica às margens da avenida Presidente Médici. “Nesse trecho tem palafita com gente morando dentro, tem alagamento, tem risco e é nesse trecho que vamos continuar a obra e vamos tirar as palafitas de dentro, vamos seguir a canalização do córrego, vamos fazer sistema viário, parque e regularização fundiária na área”, finalizou o secretário.
O prefeito Rogério Lins e Pedro Sotero estiveram em Brasília, no início deste mês, para participar da solenidade de liberação dos recursos realizada pelo presidente Lula.
No evento, Lula assinou a liberação de R$ 18,3 bilhões pelo Novo PAC, sendo R$ 1,7 bilhão para a prevenção de desastres. Ao todo, 91 municípios com problemas recorrentes de deslizamentos de terra foram selecionados para receber obras de contenção de encostas, dentre elas Osasco.
As intervenções ocorrem em cidades classificadas pelo governo federal como críticas, onde há áreas de risco alto ou muito alto para a população local. No Rio Grande do Sul, estado castigado pelas chuvas há quase um mês, todas as propostas de obras de contenção de encostas enviadas pelos municípios foram contempladas.