Nesta quinta-feira (31), Rafael Benini, secretário de Parcerias e Investimentos do governo do Estado, disse que as obras do Metrô até Cotia devem acontecer a longo prazo devido ao alto custo. Um quilômetro de obra do Metro custa, em média, quase R$ 1 bilhão.
A Linha 22-Marrom, que começara no bairro do Sumaré em São Paulo e terá destino final em Cotia, terá 29,4 quilômetros de extensão e 19 estações, duas delas em Osasco. Isso significa que o ramal custará quase R$ 30 bilhões.
O Metrô até Cotia poderá transportar diariamente quase 680 mil pessoas. Desse total, quase 400 mil serão usuários incrementais, ou seja, que não virão de outras linhas.
A chegada do Metrô em Osasco é uma promessa política que se arrasta desde 1988. Primeiro seria um Metrô de superfície aproveitando a malha ferroviária da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Depois essa alternativa foi descartada devido a diferença de largura entre os trilhos dos trens suburbanos e do Metrô.
Mais recentemente, outra proposta queria criar um Metrô no estilo monotrilho no trecho que passaria pela rodovia Raposo Tavares. Uma espécie de aero trem. Descartado também.
E, ontem, o governo do estado afirmou que será um Metrô subterrâneo, com túneis e trens mais estreitos para reduzir custos.
A informação foi dada pelo gerente de Planejamento e Meio Ambiente do Metrô de São Paulo, Luiz Antônio Cortez.
Todas essas alterações foram expostas na 30ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, ocorrida na última sexta-feira (25).
Mesmo com Benini declarando que o Metrô até Cotia será um projeto de longo prazo, já foi autorizada a contratação de uma empresa para produzir o Estudo Ambiental (EIA-RIMA) e o início das audiências públicas a partir de setembro de 2025, quando também será solicitada a Licença Prévia Ambiental.