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"O PT não pode ser oposição ao governo Lula", diz Emidio sobre corte de gastos

Divulgação

Da redação     -
12 de novembro de 2024

O deputado estadual, Emidio de Souza (PT), usou suas redes sociais para “chacoalhar” integrantes do partido que se posicionaram contra o futuro corte de gastos anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Parte do PT endossou o manifesto organizado por movimentos sociais e que conta com apoio do PDT, do PSOL e do PCdoB. Todos aliados históricos do partido.

Nesta semana, a equipe econômica liderada por Fernando Haddad (PT) anunciou ser necessário reduzir despesas e os cortes devem atingir setores cruciais. Ainda não foram anunciados quais Ministérios irão sofrer cortes, mas a polêmica já ganhou a imprensa e mostrou um “racha” entre os integrantes do partido que comanda o Brasil.

“Do ponto de vista dos movimentos sociais, nada de novo. Eles são porta vozes de legitimas aspirações do povo brasileiro. Os demais partidos de esquerda, embora componham a frente ampla que elegeu o presidente Lula em 2022 e façam parte do primeiro escalão do governo, têm a sua própria dinâmica e interesses”, escreveu Emidio.

“Já do PT, partido do presidente Lula e condutor principal da Frente que também assinou a nota, esperava- se outra postura. Nós não estamos no governo, nós somos o próprio governo. Não somos um movimento social, somos o partido político que dirige o país. Evidentemente que o partido pode e deve debater o governo, suas medidas e sua conduta e oferecer alternativas ao que não considera adequado, mas jamais num clima de confrontação e muito menos na mídia”, completou o deputado petista.

Emidio ainda faz questão de criticar os dirigentes que propagam que as medidas, ora são debatidas no governo, são desnecessárias, ou que seriam apenas caprichos do mercado. O deputado fazia referência a trechos do manifesto que diz que o PT vai cortar verba de programas sociais.

“Alguém acredita mesmo que Lula e Haddad se prestariam a esse papel? Não setores do PT, mas o PT inteiro é o partido das reformas, da inclusão social, da democracia, das conquistas dos direitos do povo, do Brasil de todos. Não é tarde para lembrar que muitos desses direitos foram possíveis graças aos nossos governos. Nem para pontuar que se hoje nossa economia cresce contra todas as previsões do mercado e gerou mais de 3 milhões de novos empregos em 20 meses de governo, mantendo a inflação sob controle, isso se deve à disciplina fiscal e ao esforço do governo em ampliar crédito, apoiar a renovação da indústria, à agricultura familiar e o agro”, pontuou.