Francisco Cordeiro da Luz presidente do IPMO (Instituto de Previdência do Município de Osasco) não descarta a possibilidade da contratação de convênio médico para aposentados e pensionistas da cidade.
A revelação foi feita durante Audiência Pública para Prestação de Contas do IPMO, realizada na noite de segunda-feira (2), após a internauta Ana Pasquarelli perguntar se existe planejamento para a contratação de convênio para os pensionistas.
“Desde que entrei no IPMO, em 2011, eu já perseguia essa questão de tentar um convênio médico para nossos aposentados e pensionistas. É evidente que, naquela época, em 2011, nenhuma empresa de plano médico quis conversar direito com a gente. Quando chegavam lá e viam a idade média dos nossos aposentados eles saíam correndo”, brincou Cordeiro da Luz.
“Seguimos perseguindo com várias ideias para conseguir isso. No ano que vem a gente pretende fazer gestões e ver se concretiza isso. Nós temos a possibilidade do Geap (Grupo Executivo de Assistência Patronal) e outras alternativas que estamos pensando. Mas é um objetivo que vamos continuar perseguindo”, afirmou o presidente do IPMO.
O Geap é uma operadora de planos de saúde que oferece planos coletivos empresariais para servidores públicos e funcionários.
A Audiência Pública
Durante a Audiência Pública foram exibidos os números do órgão de gestão previdenciária do município, que apresenta rentabilidade há 25 meses e se prepara para obter a certificação necessária para integrar o programa Pró-Gestão, que reúne regimes próprios de previdência pública de todo o Brasil.
Promovida pela Comissão Permanente do Idoso, do Aposentado, do Pensionista e das Pessoas com Deficiência, a Audiência teve a participação da diretoria e corpo técnico do IPMO, de servidores públicos, aposentados, pensionistas e representantes do Legislativo. O vereador Ralfi Silva (Republicanos), que preside a Comissão, conduziu os trabalhos.
A certificação institucional pelo Pró-Gestão RPPS permite implementar processos de trabalho padronizados, com vistas ao aumento da produtividade, redução de custos, de retrabalho e estabilização da gestão.
Diretor do escritório técnico ETA Atuarial, Richard Dutzmann apresentou dados do Relatório de Gestão Atuarial (RGA), com evolução das receitas entre 2021 e 2023 da ordem de 57,7% e déficit de R$ 13,3 milhões ao mês em 2024.
De acordo com o Dutzmann, a evolução das receitas é puxada pelo aumento de servidores efetivos, a partir dos novos concursos públicos. Já as despesas cresceram devido à estimativa de entrada de aposentadorias, que já era prevista.
Osasco soma 6.173 aposentados e pensionistas e 5.969 servidores contribuem com o IPMO. O déficit é coberto pelo município, mas segundo Luz, há políticas em andamento para alterar o quadro, como a consolidação da reforma previdenciária, a capacitação do corpo técnico e o cumprimento dos requisitos do Pró-Gestão.