A Justiça não concedeu liberdade ao vereador João Naves, durante a Audiência de Custódia ocorrida nesta quarta-feira (11), em Carapicuíba.
Em.geral, na Audiência de Custódia, o juiz decide sobre a legalidade da prisão efetuada pela polícia e se o preso responderá em liberdade, ou continuará detido preventivamente.
O parlamentar foi preso na terça-feira (10), na Câmara Municipal de Carapicuíba, acusado de crime de racismo contra o vereador Bruno Marino. A prisão foi efetuada pelo delegado titular do 1° Distrito Policial de Carapicuíba, Marcelo José do Prado.
O caso foi exposto durante uma sessão ordinária e teve início em uma discussão na Sala de Reunião sobre nomes que seriam indicados para a presidência da Câmara para o próximo biênio.
Na sessão, Bruno Marino disse que João Naves teria discordado da indicação recomendada por ele e o agrediu verbalmente, chamando-o de “preto safado” por diversas vezes.
Diante da situação, Bruno Marino deu voz de prisão a João Naves, que se trancou em seu próprio gabinete. Bruno então pediu permissão ao plenário para deixar sessão e registrar um boletim de ocorrência na delegacia.
O delegado Marcelo José do Prado foi até a Câmara e levou João Naves para prestar depoimento. Após ser ouvido, o vereador foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Osasco para exame de corpo de delito e teve sua prisão preventiva decretada.
O prefeito de Carapicuíba, Marcos Neves, esteve na delegacia para se informar sobre o caso. Em entrevista ao Diário, ele afirmou que foi comunicado do ocorrido enquanto participava de um evento em São Paulo. Na delegacia, o prefeito conversou com o delegado e os vereadores envolvidos.
O delegado Marcelo José do Prado segue ouvindo testemunhas e deve se manifestar oficialmente após a conclusão da apuração preliminar do caso.