O delator Gilmar de Jesus Santos, que firmou um acordo de colaboração com as autoridades que investigaram um suposto atentado contra o então prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio (Podemos), revelou que o crime, na verdade, tratava-se de um falso atentado. Ele também forneceu aos investigadores detalhes sobre o caso.
Na ocasião do suposto atentado, seis disparos de fuzil foram realizados, e um deles perfurou a blindagem do vidro, atingindo o ombro de Aprígio. Isso não estava programado.
Logo depois, os criminosos fugiram do local e incendiaram o veículo para eliminar possíveis evidências do crime.
Após o ocorrido, no hospital, o prefeito José Aprígio, que era candidato à reeleição, expressou gratidão aos seus apoiadores.
O ataque simulado aconteceu uma semana antes do segundo turno das eleições municipais de 2024.
Aprígio havia ficado em segundo lugar no primeiro turno, e, apesar de o episódio violento ter agitado o cenário político, não foi suficiente para evitar sua derrota para engenheiro Daniel.
Três dias após o ocorrido, Gilmar de Jesus Santos foi preso como suspeito do crime. Ele, porém, decidiu colaborar com as autoridades, expondo a montagem do falso atentado.
Gilmar admitiu que estava ao volante do carro junto com Odair Junior de Santana e que ambos atiraram contra o veículo do prefeito.