No último domingo (23), o ex-jogador Adriano, conhecido como Adriano Imperador foi parado pela polícia em uma blitz da Lei Seca. Porém, o que poderia passar despercebido, trouxe problemas para ele, já que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro.
No entanto, como se não bastasse isso, a documentação de Adriano estava suspensa, o que o fez ser autuado e ainda precisar chamar uma pessoa habilitada e regularizada para levar o seu carro embora.
“O ex-jogador do Flamengo, Adriano Leite Ribeiro, o Adriano Imperador, foi abordado em uma blitz da Operação Lei Seca na madrugada de domingo (23), na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ao checar a documentação do ex- jogador, os agentes verificaram que ele está com a CNH suspensa. Adriano foi autuado e o seu veículo só foi liberado após a chegada de um motorista habilitado”, informou a nota oficial enviada pela assessoria pela Quem.
Adriano Imperador fala sobre a vida pessoal
Em recente entrevista, Adriano Imperador falou abertamente de como foi sua ascensão ao futebol, a morte de seu pai que o abalou muito até hoje e até a relação conturbada com a imprensa.
“A imprensa, às vezes, não entende que somos seres humanos. Era muita pressão ser O Imperador. Eu vim do nada. Eu era um garoto que só queria ir jogar futebol e curtir com os amigos. E eu sei que não é algo que você ouve de muitos jogadores hoje em dia, porque tudo é muito sério e há muito dinheiro envolvido. Mas estou apenas sendo honesto. Nunca deixei de ser aquele moleque da favela.
A imprensa dizia que eu tinha ‘desaparecido’. Eles falavam que eu tinha voltado para a favela e estava me drogando, e mais um monte de m#rd@. Publicavam fotos minhas dizendo que eu estava cercado por criminosos e que minha história era uma tragédia. Quando escuto uma coisa dessas, só rindo mesmo, porque eles não têm a mínima ideia do que acontece na minha vida. Eles não sabem como isso pode machucar uma pessoa.
Na época, eu estava desolado com a morte do meu pai. Queria me sentir eu mesmo novamente. Eu não estava drogado. Isso nunca. Eu estava bebendo? Sim, claro. Merda, sim, eu estava. Saúde! Mas, se quiser testar – te juro por Deus –, você não vai encontrar droga nenhuma no meu sangue. O dia em que eu usar droga é o dia em que minha mãe e minha avó vão morrer. Bebida alcoólica? Ah, isso vai dar mesmo, bastante, até porque eu gosto de tomar um ‘danone’.
Voltei para o meu povo, meus amigos, minha comunidade. Eu não queria morar num castelo, isolado de tudo e de todos”.
Morte do pai e abalo na carreira
“Nove dias depois da final da Copa América em 2004. Eu estava de volta à Europa com a Inter. Recebi uma ligação de casa. Eles me disseram que meu pai havia morrido. Ataque cardíaco.
Eu realmente não queria falar sobre isso, mas vou te dizer que, depois daquele dia, meu amor pelo futebol nunca mais foi o mesmo. Ele amava futebol, então eu amava futebol. Simples assim. Era meu destino. Quando joguei futebol, joguei pela minha família. Quando marquei, marquei para a minha família. Então, quando meu pai morreu, o futebol nunca mais foi o mesmo.
Eu estava do outro lado do oceano na Itália, longe da minha família, e não conseguia lidar com tudo aquilo. Fiquei tão deprimido, cara. Comecei a beber muito. Eu realmente não queria treinar. Não teve nada a ver com a Inter. Eu só queria ir pra casa.
Para ser honesto com você, embora eu tenha marcado muitos gols na Série A ao longo desses anos, e embora os torcedores realmente me amem, minha alegria se foi. Foi meu pai, sabe? Eu não poderia simplesmente apertar um botão e me sentir eu mesmo novamente”.
“Quando eu jogava na Inter de Milão, a imprensa me seguia por toda parte, me perseguindo por qualquer coisa. Uma vez, eles estavam acampados do lado de fora da minha casa e não quiseram sair. Eu me senti preso. Minha avó estava ficando comigo na época, e eu a ouvi na cozinha fervendo água no fogão.
Eu disse: ‘E aí, vó? O que você está fazendo?’
Ela respondeu: ‘Nada, não. Eu não estou cozinhando, amor.’
Mas ela tinha uma panela grande, como se estivesse fazendo macarrão.
‘Estou apenas preparando um presente para os nossos amigos lá fora’.
‘O quê? Vó, não faz isso, não!!!’
‘Não, não. Só vou dar um banho nos nossos amigos da imprensa! É bom e quente! Eles vão gostar!’
‘Hahaha! Me***! Ela tava falando sério, cara! Eu tive de acalmá-la. Ela estava tipo: ‘Eles precisam parar de mexer com o meu bebê! Eu tenho que ensinar uma lição pra eles!’”.
“Quando eu tinha 15 anos, o Flamengo ia me dispensar. Eu ia ser mandado embora. Mas quando Deus bota a mão, esquece… O problema era que eu jogava na lateral esquerda na época e estava crescendo muito rápido. (Muita pipoca!) Imagina? O Adriano na lateral esquerda? Então, no fim do ano, os treinadores reuniram todas as crianças e nos separaram em duas fileiras.
Eles apontariam pra cada um e diriam: ‘Você, vai lá’.
Fila da esquerda, você está dispensado.
Mas, pela graça de Deus, enquanto eu caminhava em direção à saída, um dos treinadores gritou: ‘Ei, não, não, não. Adriano, não. Deixa ele aí’.
Inacreditável, não? Quando Deus coloca a mão em nossas vidas, não tem explicação”. (ofuxico.com.br)