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Americana deu volta ao mundo a pé e enfrentou de dengue a estupro na viagem

Divulgação

Da redação     -
06 de agosto de 2021

Realizar viagens de volta ao mundo virou moda nas últimas décadas. Mas, ao embarcar nesta tendência, a estadunidense Angela Marie Maxwell (@angelamariemaxwell) resolveu ir além: em maio de 2014, ela deixou sua cidade (Bend, no estado do Oregon) para caminhar por quatro continentes, em uma jornada que durou 6 anos e meio, passou por 14 países e na qual cobriu mais de 32 mil quilômetros a pé, quase sempre acampando durante o trajeto.

E, sem gastar com transportes terrestres e hospedagem, ela fez quase todo o seu percurso desembolsando, em média, US$ 5 por dia.

“Eu queria experimentar o mundo de uma maneira verdadeira. Não ser apenas uma viajante observadora. Andar pelo globo, na minha própria velocidade, foi uma ideia que me atraiu”, diz.

Angela conta que, a princípio, “foi um plano meio insano, pois eu nunca tinha feito grandes caminhadas. E jamais havia acampado sozinha. Para me preparar, comecei a encarar trilhas nos bosques do Oregon e aprendi a montar meu próprio camping”. A norte-americana iniciou sua jornada voando até a Austrália, onde caminhou mais de 3.000 quilômetros entre a cidade de Perth e a localidade de Kalumburu. “Foi um percurso que demorou cinco meses. Passei por lugares totalmente desolados do deserto australiano, adorando a sensação de solitude. E foi um começo ideal para meu projeto.

“Se você consegue atravessar o deserto a pé, consegue andar por qualquer lugar”.

objetivo era viajar pelo mundo em direção ao oeste. Então, depois da Oceania, Angela voou para a Ásia, Europa e, por fim, Estados Unidos — e fazendo, nestes locais, seus deslocamentos terrestres na base da caminhada. Ela, por exemplo, andou milhares de quilômetros em territórios como Vietnã, Turquia, Mongólia, Reino Unido, Itália e Geórgia, passando por paisagens montanhosas, litorais, cidades ancestrais e terrenos nevados. “Antes de chegar a cada país, eu escolhia um ponto inicial e um ponto final para a minha caminhada. E, aí, percorria a pé toda esta rota”, explica ela.

Para facilitar sua locomoção, a norte-americana comprou um carrinho, que abrigava todas as suas coisas e que ela puxava e empurrava pelas estradas. “Nele, eu carregava roupa para frio e calor, minha comida, meus equipamentos de camping e itens de cozinha, como fogareiro. Cheguei a levar quase 50 quilos no carrinho. Mas ele era fácil de puxar e quase não me deixava sentir todo este peso. E também era dobrável, o que permitia que eu o levasse com facilidade nos deslocamentos aéreos”.

Angela passou por lugares de enorme beleza em sua jornada, como bosques da Suíça, as montanhas do interior da Geórgia e as praias e cidades históricas da Itália. A ilha de Sardenha, aliás, foi um de seus destinos favoritos em toda a viagem. “O mar, os penhascos e o estilo de vida da Sardenha me encantaram”, diz ela. “Eu caminhava através de vilas locais e as pessoas me convidavam para tomar vinho em suas casas. Tudo é lindo por lá”. Por outro lado, a jornada também colocou a norte-americana em momentos muito difíceis.

Ela teve insolação durante sua travessia australiana, pegou dengue no Vietnã e enfrentou temperaturas congelantes na Mongólia. Mas nada se compara a uma situação que Angela viveu na própria Mongólia: certa noite, aproximadamente um ano após ter começado sua viagem pelo mundo, ela sofreu violência sexual enquanto estava acampando, sozinha, em uma região desolada do país asiático: um homem entrou em sua barraca, a atacou e fugiu.

“Naquele momento, eu tinha toda a razão do mundo para desistir da viagem e voltar para casa”, diz. “Mas decidi que ninguém iria acabar com o futuro que eu havia planejado para mim mesma”.

Mesmo com o trauma enorme, a norte-americana continuou com sua caminhada, cultivando a mesma perseverança que a acompanhava desde o começo da viagem.

“Diariamente na estrada, principalmente em momentos de tempo ruim ou extremo cansaço, parte de mim pensava em desistir. Eu ficava me perguntando: ‘o que você está fazendo aqui? Por que não volta para casa para ficar no conforto do lar. Mas era nestes momentos que a viagem fazia ainda mais sentido, pois me obrigava a criar coragem para prosseguir. Isso me propiciava um tipo de crescimento que eu jamais alcançaria estando em casa”. E Angela também foi motivada por incontáveis experiências positivas que teve com pessoas que conheceu ao longo do percurso.

Durante o trajeto, a americana foi convidada para comer e se hospedar na casa de famílias italianas, fez amizade com nômades na Mongólia, interagiu com camponeses no Sudeste Asiático e aprendeu o trabalho dos apicultores da Geórgia. E ela sempre tentou retribuir: na Itália, por exemplo, ajudou um agricultor a reformar sua casa. E, durante a viagem, levantou doações de milhares de dólares para a organização Her Future Coalition, que ajuda vítimas de violência de gênero e tráfico sexual.

A jornada de Angela terminou no exato lugar onde começou: a cidade de Bend, no Oregon. Mas isso não representou o fim de seus planos grandiosos de viagem.

“Hoje, sempre penso em visitar lugares onde eu possa caminhar bastante. Em breve, quero ir para a Islândia”, diz. (uol.com.br)