Nesta semana, Anitta contou que sofre de endometriose, uma doença bastante comum entre as mulheres. Segundo a cantora, ela já está há nove anos investigando a doença, porém, até algumas semanas atrás, nenhum médico tinha conseguido acertar no diagnóstico.
A informação foi revelada por Anitta por meio das redes sociais. Em uma série de tweets, descreveu quais são os sintomas que apresentou, os julgamentos pelos quais passou e como conseguiu encontrar à solução para a condição.
Ela relatou que sentia dores insuportáveis e que ao ter revelado, para uma revista, que sofria com uma cistite, começaram a surgir matérias mal-intencionadas insinuando que higiene, beber mais água e usar preservativo resolveriam o problema.
A solução para o problema foi encontrada enquanto ela estava com o pai no hospital.
“A doutora (enviada pelo meu anjo da guarda só pode), fez na mesma hora uma ressonância em mim e estava lá: ENDOMETRIOSE. No dia seguinte ela me levou em um especialista em endometriose. Fizemos os outros exames necessários para ter certeza e aí está”, contou.
Diante do caso de Anitta, OFuxico conversou com a doutora Mara Mendes, que é Ginecologista Obstreta e Diretora de Proteção ao Paciente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), para esclarecer os principais tópicos que envolvem a endometriose.
Inicialmente, a ginecologista explica o que é a endometriose: “É uma doença inflamatória crônica ginecológica que decorre do refluxo do sangue menstrual através das trompas para a cavidade abdominal. Normalmente, afeta as mulheres na idade reprodutiva, interferindo na qualidade de vida delas”.
“As pacientes portadoras de endometriose apresentam dores pélvicas intensas durante Ou fora do período menstrual e por vezes até incapacitantes, associado, também, a dores na relação sexual e pode ter dificuldade de engravidar”, complementa a especialista.
A doutora detalha quais são os fatores de risco para a doença: “História familiar materna, menarca precoce, ciclos menstruais curtos, duração do fluxo menstrual aumentado, gestação tardia, nuliparidade, entre outros”.
Para concluir o diagnóstico de endometriose, os médicos se baseiam na história clínica da paciente e também contam com outros exames: “O diagnóstico é feito baseado em exame físico ginecológico e exames complementares de imagem, como ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética pélvica, exames laboratoriais com marcadores e vídeo-laparoscopia”, explica.
Em relação ao tratamento, ela menciona a existência da indicação de cirurgia para certos casos, como o de Anitta. “O tratamento é realizado a partir do uso de hormônios, como anticoncepcionais orais de uso contínuo para não menstruar, uso de progestógeno de uso contínuo e tratamento cirúrgico em alguns casos”.