A prefeitura de Itapevi suspendeu por tempo indeterminado a retomada das aulas presenciais que estava programada para segunda-feira (10). A decisão foi anunciada após consulta pública feita com os moradores. A maioria da população disse não ser favorável à retomada das aulas presenciais durante a pandemia da Covid.
De acordo com a consulta pública, realizada no site da administração, entre os dias 6 e 7 deste mês, 3.433 (62.9%) pais ou responsáveis votaram pela não retomada, já 2.019 (37.1%) optaram pelo retorno. No total 5.452 munícipes participaram da consulta.
Entre os profissionais da Educação o resultado foi o mesmo, com 2.025 respostas computadas no sistema. Dentre elas, 1.690 pessoas (83,5%) votaram contrárias ao retorno das aulas presenciais, enquanto apenas 335 (16,5%) mostraram-se favoráveis, mesmo diante da adoção de todos os protocolos sanitários adotados pela administração municipal em meio à pandemia para garantir a retomada de forma segura.
“Ficam mantidas apenas as aulas em caráter remoto e online e continuam a valer as vídeo-aulas do programa Lição de Casa, bem como os esforços coletivos de cada uma das 68 unidades escolares do município para oferecer ensino à distância e virtual aos 29 mil estudantes da rede municipal de ensino”, ressaltou a administração.
“A decisão popular deve ser sempre respeitada e ouvida com carinho e atenção pelo gestor público. Existe uma parcela da população que deseja o retorno das aulas presenciais, mas deve prevalecer sempre a democracia, o direito e o bem-estar coletivos e disso não abro mão. Como a maioria optou e acredita que ainda não é o momento adequado para darmos o reinício, suspenderemos o retorno com alunos nas salas de aula da rede municipal”, explicou o prefeito Igor Soares (Podemos).
Com as escolas funcionando apenas com atividades administrativas, todos os profissionais da Educação têm utilizado a máscara, álcool em gel, mantido o distanciamento social, com sabão líquido em todos os banheiros e limpeza diária das salas e espaços escolares. Os profissionais da Educação com comorbidades seguem trabalhando em regime home office.