O deputado Emidio de Souza (PT), ex-prefeito de Osasco, solicitou a Eduardo Suplicy, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), que convoque Guilherme Derrite (secretário da Segurança Pública) para explicar vídeo com policiais militares em ritual que remete ao nazismo.
A Polícia Militar de São Paulo instaurou um procedimento e o Ministério Público foi acionado.
Vídeo com teor supremacista foi postado na terça-feira (15), no perfil do Instagram do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto, no interior do Estado. Foi retirado do ar após polêmica.
As imagens mostram uma cruz em chamas e policiais com os braços direitos estendidos em saudação que remete ao nazismo.
Eles fazem uma espécie de coreografia, acompanhada de trilha sonora. Há ainda duas linhas paralelas feitas com sinalizadores no chão.
Em outras imagens, é possível observar um brasão de fogo com a palavra Baep – Batalhão de Ações Especiais de Polícia.
A cruz em chamas remete ao grupo Ku Klux Klan, representado pela sigla KKK, movimento que abriga correntes reacionárias e extremistas.
São organizações consideradas de extrema direita. Eles surgiram por volta de 1865 nos Estados Unidos e ficaram conhecidos por pregar a supremacia branca e o ódio a negros e judeus.
Questionada, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que a Polícia Militar é uma instituição legalista e que repudia toda e qualquer manifestação de intolerância.