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Barueri alerta para doenças causadas por pombos

Divulgação

Da redação     -
11 de agosto de 2022

Assim como os ratos, os pombos são transmissores de mais de 20 tipos de doenças e, mesmo com sua aparência inofensiva, podem apresentar grandes perigos à saúde e aos processos produtivos de alimentos. Mas isso não quer dizer que devemos sair matando as aves, até porque o ato configura crime ambiental, conforme a Lei Federal 9.605, de 1998. Há formas menos cruéis e até mais eficientes de afugentar esses bichinhos.

 

Com ausência de predadores, grande oferta de alimentos e a facilidade de abrigamento, o processo de procriação dessa espécie é desenfreado. Diante dessa condição de reprodução descontrolada, os pombos podem ser considerados uma praga urbana, conforme alerta a equipe de especialistas do Departamento Técnico de Controle de Zoonoses de Barueri (DTCZ), ligado à Coordenadoria de Vigilância em Saúde, formada por médicos veterinários e biólogos.

 

Grandes problemas são causados pelas fezes desse animal. Quando secam, acabam se misturando à poeira e ao ar, podendo ser inalada, o que ocasiona a transmissão de doenças por fungos e bactérias responsáveis por doenças nos aparelhos respiratório e digestivo. É o caso da Salmonela, bactéria responsável por causar vômito e diarreia, e da Criptococose, que é uma doença respiratória grave e em casos extremos pode levar à pneumonia ou a meningite.

 

Evitar a proliferação é fundamental

Os chamados “4 A’s” resumem bem o que os pombos mais buscam: Acesso a Alimento, Abrigo e Água. Se não houver condições favoráveis a isso, eles vão embora.

 

A facilidade de acesso a alimentos, água e abrigo é o que mais colabora para o aparecimento de pombos, especialmente no meio urbano. Isso torna o local adequado para que alojem seus ninhos. Se a ideia é afugentar os pombos, evite tais facilidades agradáveis a eles.

 

Estudos apontam que o aumento das aves se deve a três fatores: a oferta de abrigo, por meio de tantas casas e prédios; a ausência de predadores, como gaviões; e o fácil acesso a comida. Por isso, para evitar a proliferação, a primeira medida a ser tomada é não alimentar os pombos.

 

“Quando damos comida, os pombos acabam se acostumando e ficam alojados nas casas”, alertam os especialistas da Zoonoses. Com a falta de comida, as aves são forçadas a procurar alimento em outros locais. Muitas pessoas facilitam ao deixar a ração de animais espalhadas pelo quintal. “A ração do gato ou do cachorro acaba sendo um atrativo para a ave”, destaca a equipe do DTCZ. Também é importante armazenar o lixo em lixeiras com tampa.

 

Cuidado com as fezes secas

Não varra as fezes secas dos pombos para evitar que a poeira, com esporos de fungo, seja inalada. O ideal é umedecê-las com água para removê-las e sempre utilizar máscara ou pano úmido cobrindo a boca e o nariz no momento da limpeza. O uso de água sanitária ou cloro também é recomendado, desde que aplicados seguindo as recomendações dos fabricantes para evitar acidentes e intoxicação.

 

Tape buracos e frestas

Os pombos são aves silvestres típicas de montanhas, por isso, nas cidades, têm o costume de fazer ninhos em locais altos como prédios, telhados e forros de casas e construções inacabadas e abandonadas. E esse é outro ponto que deve ser reforçado para reduzir a proliferação dessas aves: impedir que façam ninhos nesses locais, vedando qualquer fresta ou vão que sirva de abrigo. “Instalar barreiras com objetos pontiagudos, fios e linhas em beirais e planos inclinados pode ajudar a afastá-los”, finalizam os profissionais da Zoonoses.