Cenas como a de Manaus que chocaram o país diversas vezes, desde o início da pandemia em março do ano passado, começam a ser vivenciadas em hospitais da Grande São Paulo
Cinco cidades da região metropolitana da Capital estão com 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados por pacientes com Covid-19.
A situação mais grave é a de Taboão da Serra, que adaptou leitos de enfermaria para garantir a ventilação mecânica de pacientes, mas não tem condições de dar suporte a casos, por exemplo, que necessitam de hemodiálise. 11 pessoas morreram desde sexta-feira (5) à espera na fila.
A secretária-adjunta da Saúde de Taboão da Serra, Thamires May, disse ontem que a cidade tenta, desde a última quarta-feira (3), transferir os casos graves para outras cidades e que o Sistema Cross, que regula vagas SUS no estado, está em colapso.
Levantamento do por tal G1 aponta que além de Taboão, Arujá, Embu das Artes, Mairiporã e Poá também não têm mais vagas na UTI. Já as cidades de Francisco Morato, Mogi das Cruzes, Mauá, Santo André e Guarulhos têm ao menos 90% dos leitos municipais de UTI ocupados.
Barueri, São Bernardo do Campo, Diadema, a capital paulista e Caieiras registram taxa de ocupação superior a 80%.
As outras cidades da Região Metropolitana estão com taxa de ocupação de UTI do município abaixo de 80% ou são cidades menores que nem têm terapia intensiva.
Osasco chegou a ter 82% dos leitos de UTI ocupados no domingo, mas esse percentual caiu para 70% no início da semana.
Das 39 prefeituras apenas três (Carapicuíba, Embu-Guaçu e Juquitiba) não responderam ao questionamento da reportagem do G1.