Em entrevista ao Diário da Região, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, confirmou a sua volta ao cenário político nestas eleições. Após ser preso na operação Lava Jato, Eduardo Cunha, autor do pedido que levou à cassação da então presidente Dilma Rousseff, é novamente candidato a deputado federal.
Após meia hora de entrevista (a ser publicada em trechos nas próximas semanas), o defensor de uma economia liberal e de valores conservadores se declarou apoiador do presidente Jair Bolsonaro e disse que, se ambos vencerem estas eleições, ele será articulador do presidente no Congresso Nacional.
“Bolsonaro é um grande brasileiro que está no apogeu de sua vida política que, além de quebrar a hegemonia PT e PSDB, ele permitiu o florescer da ideologia de direita. Hoje as pessoas não têm vergonha de assumir uma posição ideológica que não seja de esquerda, antes elas tinham”, afirmou.
Para ele, “agora as pessoas podem se assumir de direita. Só isso já seria suficiente para explicar a importância de Bolsonaro, porém ele ainda exerce aquilo que penso, ele é conservador de costumes e liberal na economia”, completou, ao ser cutucado também sobre o que pensa de Lula e Sérgio Moro.
Já a opinião de Eduardo Cunha sobre o ex-juiz Sérgio Moro é totalmente diferente. “Moro é chefe de uma organização política criminosa. Ele deveria pagar pelos seus crimes. Deveria estar preso. Infelizmente está solto”, disparou. Eduardo Cunha foi condenado e preso por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, na operação Lava Jato, comandada por Moro.
Sobre Lula, o ex-deputado, que é um anti-petista declarado, disse que “Lula atingiu seu apogeu, porém é um expoente político de um partido que está em decadência”. Embora seja carioca, Eduardo Cunha concorre a deputado federal pelo estado de São Paulo, assim como Tarcísio de Freitas, candidato de Bolsonaro a governador, que também nasceu no Rio de Janeiro.