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Caso Gritzbach: dois PM do 20° Batalhão de Barueri são indiciados pela morte de delator do PCC em aeroporto

Divulgação

Da redação     -
17 de março de 2025

O Ministério Público denunciou nesta segunda-feira (17) à Justiça seis acusados de participarem diretamente do assassinato a tiros de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), em 8 novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Dentre os indiciados estão o tenente PM Fernando Genauro da Silva e o soldado Ruan Silva Rodrigues, ambos do 20° Batalhão da Polícia Militar de Barueri.

O soldado Ruan Rodrigues e um outro cabo da PM, Denis Martins, são acusados pela Promotoria de usarem fuzis para matar Gritzbach. Eles respondem diretamente pelos dois homicídios e duas tentativas de homicídios.

O tenente Fernando Genauro é acusado de ajudar a dupla na execução ao levá-la de carro até o local do crime e depois ajudá-la a fugir. Ele responde como co-autor dos homicídios e tentativas. Os três agentes da PM estão presos.

O MP pediu a conversão dos mandados de prisões temporárias deles em preventivas (sem prazo para terminar). O poder judiciário ainda não se manifestou a respeito.

Além do homicídio de Gritzbach, três policiais militares e três outros homens foram denunciados pelo MP pelo assassinato de um motorista de aplicativo, vítima de bala perdida, e duas tentativas de homicídio contra duas pessoas feridas por estilhaços dos disparos.

Os outros 3 indiciados

Kauê Amaral, apontado como “olheiro” do grupo, foi acusado de dar informações para os atiradores e monitorar os passos de Gritzbach no aeroporto até que fosse executado.

Emílio Gongorra, o “Cigarreira”, e Diego Amaral, o “Didi”, são considerados os mandantes do assassinato do delator do PCC.

Eles respondem como co-autores dos homicídios e tentativas. Esses três estão foragidos e são procurados pelas autoridades.

Cara Preta e Sem Sangue

De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), “Cigarreira” mandou matar o desafeto Gritzbach para vingar Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, traficante assassinado numa emboscada em 2021. Além dele, o seu motorista, Antonio Corona Neto, o “Sem Sangue”, também morreu no ataque.

Gritzbach entregou PCC

Gritzbach entregou esquemas criminosos do PCC e depois denunciou policiais por corrupção em depoimentos ao Ministério Público.

Gritzbach respondia a processo judicial acusado de lavar dinheiro da facção por meio da compra e venda de imóveis e postos de combustíveis. Ao aceitar a delação não seria indiciado por organização criminosa.