As ruas de Petrópolis, na Região Serrana, voltaram a ficar alagadas nesta terça-feira (22) por causa de uma forte chuva que atingiu a cidade nesta tarde.
Por volta das 14h, havia registros de chuva em Valparaíso, na Mosela, no Quitandinha e no Bingen. Quem estava na rua, tentava se abrigar sob marquises.
Até o início da noite desta terça, a maior tragédia que a cidade já enfrentou havia deixado 186 mortos (33 são crianças ou adolescentes) e 83 desaparecidos.
A Polícia Civil informou que, entre as 186 vítimas fatais, há 113 mulheres e 73 homens. Ao todo, 179 corpos foram identificados, e outros 170 liberados.
O IML recebeu ainda partes de outros nove corpos – nesse caso, não é possível identificar se são de homem ou de mulher. Por isso, será preciso fazer coleta de material genético de parentes.
Nas redes sociais, moradores demonstram medo e apreensão.
“Eu nunca tive medo de chuva, mas depois do que aconteceu aqui em Petrópolis semana passada eu não prego o olho quando escuto barulho de trovão ou chuva. Pra melhorar, voltou a chover e já esta alagando tudo”.
“Que chuva é essa mano, dá uma ajuda pra Petrópolis senhor!”, disse outro morador.
Sirenes acionadas
Com um registro de 41 milímetros de chuva em uma hora, a Defesa Civil acionou o toque de mobilização das sirenes do Quitandinha, nas localidades do Duques, Amazonas e Rio de Janeiro.
Anteriormente, o órgão já havia acionado as sirenes de todos os distritos para alertar sobre a ocorrência de chuva no município, que pode ter intensidade moderada a forte ao longo da tarde e da noite.
A Rua Bingen registrou inundação e foi interditada pelas equipes da CPTrans, com o apoio de militares. Motoristas estão sendo orientados a desviar. Além disso, um trecho do asfalto em frente à Universidade Estácio cedeu. Ninguém ficou ferido.
Em casos de emergência, os telefones 199 (Defesa Civil) e 193 (Corpo de Bombeiros) devem ser acionados. (g1.globo.com)