Na semana passada o Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) fez festas julinas no Centro de Hemodiálise Dra. Sandra Vicenza Sarno. Para atender os mais de 200 pacientes, foram realizadas duas celebrações matutinas e duas vespertinas, já que o tratamento é feito em dias alternados.
O objetivo foi proporcionar um pouco de alegria e distração para os pacientes, que fazem três sessões de hemodiálise por semana com duração de quatro horas cada sessão. “A hemodiálise é um tratamento intenso e difícil, justamente por causa da periodicidade, então é comum que os pacientes apresentem estafa emocional. E viabilizar essas celebrações melhora a interação entre eles e a equipe de profissionais, além de gerar mais leveza para o ambiente”, comentou Dariane Batista, psicóloga responsável pelo serviço.
A festa julina também teve que ter lanche especial. Além da refeição tradicional, que inclui pão com queijo, café com leite, suco e fruta, os pacientes também receberam pipoca salgada, bolo de fubá com goiabada e chá de gengibre, uma espécie de falso quentão. “O cardápio do paciente dialítico é bem restritivo. Em alguns casos, o que parece saudável pode não ser apropriado. Por exemplo, algumas frutas possuem alto teor de potássio, e esse mineral pode ser prejudicial para o paciente. Portanto, é preciso escolher os alimentos corretos e fazer a dosagem ideal para promover uma alimentação equilibrada e prazerosa”, explicou Silvania dos Santos, nutricionista do setor.
Com trilha sonora de quadrilha, bandeirinhas, plaquinhas e comida típica, e seguindo todas as recomendações para prevenção da Covid-19, como uso de máscara pelos pacientes e pelos profissionais e disponibilização de álcool em gel, o clima para realizar a sessão de hemodiálise ficou completamente diferente do comum. Os pacientes ficaram animados, se divertiram com as músicas e tiraram muitas fotos.
Mesmo no cenário de pandemia, a hemodiálise é um dos exemplos de tratamentos indispensáveis realizados pelo HMB porque a máquina filtra o sangue e retira as toxinas do organismo, como uma substituição do rim doente. Só em 2021, entre janeiro e maio, o hospital realizou mais 13.200 sessões de hemodiálise.