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Comunidade terapêutica onde homem morreu espancado tinha licença da prefeitura

Divulgação

Da redação     -
11 de julho de 2024

Nesta quinta-feira (10) a prefeitura de Cotia informou que a Comunidade Terapeutica Efatá tem licença sanitária para atuar no atendimento a dependentes químicos.

Em nota enviada à imprensa, a prefeitura explica que, em 2023, foi aprovado o projeto arquitetônico (LTA) e concedida Licença Sanitária Inicial para a razão social Terezinha de Cássia de Souza Lopes da Conceição, nome fantasia Comunidade Terapêutica EFATA.

Na época, a equipe técnica visitou o local, há um ano, ainda sem residentes e constatou que havia condições sanitárias de funcionamento.

Ontem, a prefeitura havia dito que a clínica era clandestina. Em decorrência da morte de um interno, ontem, a comunidade terapêutica foi interditada e a Licença Sanitária cancelada.

Na última segunda-feira (8), Jarmo Celestino de Santana, paciente da Comunidade Terapêutica Efatá, morreu aos 55 anos, após passar por sessão de tortura e espancamentos dentro da instituição.

Um vídeo, que circulou nas redes sociais, mostra Jarmo amarrado com as mãos para trás numa cadeira, enquanto quatro funcionários debocham da situação.

Após a sessão de tortura, Jarmo foi levado a um posto de saúde em Vargem Grande Paulista, um município vizinho, ainda com vida. Ele tinha uma série de lesões pelo corpo e pouco tempo depois teve sua morte constatada pelos médicos.

A Polícia Civil afirma que tanto o áudio como o vídeo foram gravados pelo funcionário Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos. Em depoimento, o jovem confessou as agressões, alegou que “fez uso da força para conter o paciente agitado” e confirmou ser o autor do vídeo.

Matheus foi preso em flagrante na segunda-feira e, nesta terça (9), após passar por audiência de custódia, sua prisão em flagrante foi convertida para preventiva. Ele é investigado ao lado dos outros funcionários que aparecem nas imagens pelo possível crime de tortura.