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Criança tem queimadura de 2º grau após ser atacada por besouro em Cuiabá

Foto: Daniela Oliveira/arquivo pessoal

Da redação     -
12 de novembro de 2021

Um menino de 10 anos teve uma queimadura de 2° grau no pescoço após ser atacado por um besouro em um condomínio no Bairro Boa Esperança, em Cuiabá, no dia 30 de outubro. Danilo Oliveira está fazendo tratamento desde então, mas ainda não se recuperou totalmente.

A mãe da criança, Daniela Oliveira, contou ao g1 que ela estava com o filho na casa de uma amiga e que, no momento em que estava indo para casa, o inseto invadiu o carro e causou a queimadura em Danilo.

“Quando eu já estava saindo do condomínio, meu filho deu um grito dizendo que estava queimando. Ele sentiu que tinha um bicho rastejando, mas, como estava escuro, não conseguimos encontrar nada. Quando passei a lanterna no pescoço dele vi que já estava queimado e formando uma bolha”, contou.

Já em casa, Daniela vasculhou o carro e encontrou o inseto responsável pelo ferimento.

“Pensei que fosse uma lagarta, uma aranha ou algo assim, porque nunca imaginei que um besouro pudesse causar uma queimadura dessa. É um bichinho inofensivo, pequeno, mas se ele se sentir ameaçado acaba causando essa queimadura”, pontuou.

Danilo está recebendo os cuidados em casa pela mãe, que é enfermeira, e pelo pai que é médico.

A família mora próximo ao Parque Mãe Bonifácia, em Cuiabá, e, segundo Daniela, nessa quinta-feira (11), dois besouros entraram no apartamento pela janela.

Proliferação do besouro
A Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Cuiabá informou que o besouro que atacou a criança é da espécie ‘Neoaulacoryssus speciosus’. Esse e outros insetos passaram se proliferar de forma mais intensa na capital devido ao período de chuva.

Nas redes sociais, há imagens e relatos divulgados nas últimas semanas de outros moradores afirmando a ”invasão’ do besouro em Cuiabá. Alguns afirmam que, dependendo do horário, é difícil dirigir na região da Estrada do Moinho por causa da quantidade de insetos voando no caminho. Estacionamentos de mercado, parques e condomínios também têm sido alvos da espécie.

A Vigilância afirma que esse besouro não é venenoso e nem transmite doenças aos seres humanos. No entanto, se apertado contra uma superfície, libera um líquido quente e de forte odor, podendo provocar queimação em peles mais sensíveis ou manchar a pele ou tecidos.

De acordo com a bióloga da Vigilância em Zoonoses, Adriana Gaíva Mattos Dalloglio, é normal essa incidência maior nesta época do ano.

“Estes besouros são atraídos pela luz durante a noite e, de dia, se abrigam em locais escuros e úmidos. Como se alimentam de outros insetos menores, que também são atraídos pela luz, são considerados predadores e devem ser preservados”, explicou.

Em Cuiabá, o professor doutor do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Fernando Vaz-de-Mello, é responsável pelo maior acervo do estado e um dos maiores acervos de besouros da América Latina.

Segundo a Prefeitura de Cuiabá, com base nos estudos desenvolvidos, as orientações são repassadas à população pelos agentes de combate a endemias no trabalho de campo e também por telefone, quando a UVZ é acionada pelos usuários.

Cuidados
A bióloga orientou que as pessoas evitem manter lâmpadas acesas, na parte externa e interna das casas, e evitem o contato com o besouro, devido ao risco de queimadura.

A profissional disse ainda que, apesar desse risco, é importante a preservação de seus predadores naturais como sapos e lagartos. Segundo ela, não deve haver interferência no equilíbrio ecológico. A orientação aos moradores é a instalação de barreiras físicas, como veda-portas sob medida nas soleiras das portas externas e a instalação de telas nas janelas, para evitar a entrada de insetos de modo geral e de outros animais. (g1.globo.com)