A Câmara Municipal de Osasco rejeitou, nesta terça-feira (19), a moção de repúdio apresentada pela vereadora Juliana da AtiVoz  (Psol) à empresa Prevent Senior, acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid-19 e de pressionar médicos a prescreverem remédios ineficazes contra a doença.

O plano de Saúde também é suspeito de participar de um “gabinete paralelo” do Palácio do Planalto, que, para a CPI da Covid, no Senado, orientava o presidente Jair Bolsonaro sobre condutas durante a pandemia.

Na tribuna, a autora justificou sua moção. “O experimento não foi um estudo científico válido porque não tinha autorização da comissão de ética e pesquisa, não informou pacientes e familiares e deixou inúmeros indícios de que dados de mortalidade foram omitidos para chegar no resultado desejado pelos realizadores. É um repúdio pela maneira que foi realizada essa pesquisa”.

Em seguida, o vereador Délbio Teruel (DEM) retrucou e defendeu a empresa. “A gente já está condenando uma empresa de forma antecipada que, até que me provem o contrário, é uma empresa séria. tenho muitos conhecidos que são atendidos pela essa empresa e estão satisfeitos com o atendimento desse plano de saúde”.

Ele ainda chamou a CPI da Covid de CPI do Circo. “Até porque são acusações que foram feitas numa CPI que é a CPI do Circo, que está sendo feita em Brasília, que vai levar nada a lugar nenhum. A gente precisa tomar cuidado porque uma CPI que tem Renan Calheiros como grande articulador, um homem com uma ficha policial, que está envolvido em todo tipo de corrupção, esse tipo de gente que tá comandando a CPI”, disse completando que se fosse outra pessoa poderia até “olhar a CPI com outros olhos”.