Durante sessão extraordinária, nesta quinta-feira (25), o vereador Délbio Teruel (DEM) disse que protocolou, na Câmara Municipal de Osasco, um Projeto de Lei pedindo prioridade de atendimento médico e aplicação de vacina para pessoas que respeitam as medidas de isolamento social.
Na prática, o projeto sugere que pessoas que vão a pancadões e fazem aglomerações aguardem sua vez de atendimento e aplicação da vacina no final da fila de espera. Para esse controle será criado um Cadastro Municipal de Infratores com dados de pessoas flagradas em festas clandestinas.
“Aí você que está em casa e toma todos os cuidados acaba sendo contaminado por esse tipo de gente que chega lá e é atendido da mesma maneira de quem fica em casa. Não é justo que o cidadão que participou do pancadão e festa clandestina seja tratado e o que ficou em casa e se cuidou não consiga ser atendido”, justificou.
“E quem participou de pancadão e festa clandestina será o último a ser vacinado. Não é bonito ir ao pancadão e à festa clandestina? Então será o último a ser vacinado”, completou. O parlamentar ressaltou que o seu projeto não visa a discriminação e que o intuito é aplicar medidas como um recurso para intimidar os jovens. “Será uma forma de colocar um pouco de medo nessas pessoas. Não estamos discriminando ninguém. Estamos alertando para a responsabilidade”, finalizou.
Apesar do projeto de Délbio sequer estar em votação ele foi bastante debatido. A vereadora Ana Paula Rossi (PL), por exemplo, questionou a proposta e falou sobre direitos humanos e defendeu que sejam aplicadas punições a quem não cumprir as determinações da fase emergencial do Plano SP.
“O acesso à saúde é um direito de todo o cidadão. É um direito constitucional. Essa questão de acesso [à saúde] é algo muito complexo, mas tem que existir punição para quem frequenta festa clandestina ou qualquer atividade clandestina que tenha a presença de pessoas nesse momento que todos estamos recebendo a orientação de isolamento e distanciamento”.