A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), em parceria com a Polícia Civil, deflagrou nesta quinta-feira (16) uma nova fase da Operação Gota a Gota. A ação identificou a ligação entre um dos fornecedores de bebidas e dois bares de Osasco onde foram registradas vítimas de intoxicação após o consumo de bebidas destiladas adulteradas. Os endereços não foram divulgados pelo Governo do Estado.
Nesta etapa, foram fiscalizados dez estabelecimentos nas cidades de Guarulhos (6), Osasco (2) e São Paulo (2). Segundo a Sefaz-SP, em oito endereços os responsáveis não foram encontrados, o que indica que as notas fiscais emitidas podem ser “frias”. Essas empresas terão as inscrições estaduais suspensas, ficando impedidas de emitir notas e realizar transações comerciais.
De acordo com o auditor fiscal Márcio Araújo, as investigações apontam que o fornecedor identificado é o mesmo que emitiu documentos fiscais direcionados aos dois bares de Osasco já relacionados a casos de contaminação.
Ele informou ainda que as equipes encontraram indícios de grupos ligados por redes de atuação no setor de bebidas destiladas, com empresas que alteraram recentemente endereços e razões sociais.
Participaram da operação 30 auditores fiscais da Receita Estadual e 25 policiais civis do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). As equipes da Sefaz-SP analisam notas fiscais eletrônicas e movimentações comerciais para identificar fraudes, operações simuladas e origens não comprovadas de produtos.
A operação faz parte da força-tarefa do Governo de São Paulo que investiga a produção e a venda de bebidas adulteradas com metanol. Desde o início das ações, a Sefaz-SP já suspendeu preventivamente a inscrição estadual de 15 estabelecimentos ligados ao setor. O governo mantém um gabinete de crise e boletins diários com informações atualizadas sobre os casos.