Na região Norte de Florianópolis, a comerciante Denise Guimarães Santana é uma das moradoras que teme perder o imóvel por conta do avanço das dunas. Na terça-feira (6), a Defesa Civil interditou a casa em que ela mora e outra, após as estruturas ficarem comprometidas com o peso da areia.
“É muito triste e desesperador, mas eu acredito que alguma solução vai ser tomada e que consiga não ter um dano maior do que eu já tive”, explica.
Na casa da comerciante localizada no bairro Ingleses, a cozinha e o quarto foram “engolidos” pelos sedimentos.
Além da residência, a areia também atingiu a Servidão Fermino Manoel Zeferino, bloqueando a passagem de veículos e dos moradores. Até um muro que fazia a proteção entre a rua e as dunas caiu.
“Se não cuidar, vai ser uns três ou quatro meses e a gente vai estar com essa areia aqui na frente. A gente não quer isso, porque a gente passou muito sacrifício para construir”, afirma a moradora Maria Fernanda Lemos.
De acordo com a Defesa Civil, as famílias foram orientadas a saírem da residências e receberam atendimento da Assistência Social. Na segunda-feira (12), um perito vai até o local para realizar uma nova avaliação sobre a situação das residências.
Segundo o agente da Defesa Civil Marcos Alberto Leal, uma reunião entre o órgão e a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) está marcada para a próxima semana para definir os próximos passos.
“Nesse momento não há risco para outras casas. A gente até está fazendo o monitoramento constante da área, mas nesse momento não tem novos riscos”, disse. (g1.globo.com)