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“E se fosse sua filha?” outdoor e divulgação em ônibus alertam sobre abuso infantil
Da redação     -
09 de abril de 2021

A união entre Polícia Civil, Polícia Militar e prefeitura de Itapevi resultou em uma ação inédita de prevenção ao abuso infantil: “E se fosse sua filha?” é uma campanha que pretende alertar a população sobre a importância da denúncia. No total, 14 outdoors estão espalhados pelo município. Todos com perguntas como “E se fosse o seu filho?”, “E se fosse sua neta?” e “E se fosse seu neto?”.

“Queríamos algo que chocasse a sociedade e que voltasse os olhos para esse tipo de crime. A gente quer que a população saiba que o abuso sexual existe, como denunciar e que a gente está de olho nesse tipo de crime. Eles acontecem no íntimo da família e na maioria das vezes não são denunciados”, disse Priscila Camargo Campos Gonçalves, delegada titular da DDM (Delegacia do Direito da Mulher) de Itapevi e uma das idealizadoras da campanha ao lado da comandante da 3ª Cia/PM, capitã Sandra Aparecida dos Santos.

A campanha também está estampada em ônibus que circulam pelo município. “Escolhemos as linhas que passam pelos bairros onde temos mais ocorrências de casos de abusos. Então não foi uma escolha aleatória”, explicou a delegada.

Segundo a comandante, novembro do ano passado foi o pior mês historicamente em relação aos estupros. Foram registrados 15 casos, sendo 11 de vulnerável.  “Todos os dados nos revelam uma insegurança e desconhecimento dos canais de denúncia, que muito ajuda às forças de segurança no combate a esse crime vil e cruel de consequências incalculáveis. Esperamos que a população engaje nessa campanha e denuncie os abusos, sendo a verdadeira voz daqueles que ainda não têm condições de falar”, completou a PM capitã Sandra.

A campanha também pretende chegar até as vítimas. “Muitas vezes as crianças são vítimas e não sabem que são vítimas e nem sabem que podem denunciar e muito menos como fazer isso. As crianças precisam saber que ninguém tem o direito de tocar nelas. Muitas vezes acham que é um carinho, mas não é um carinho, é um abuso. E abuso infantil não é só o abuso sexual. O abuso infantil também é um abuso moral, um abuso psicológico, abuso corporal que vem toda essa questão de maus-tratos”, ressaltou a delegada.

Segundo dados do relatório Análise de Ocorrências de Estupro de Vulnerável do estado de São Paulo, feito pelo Instituto Sou da Paz, o Ministério Público de São Paulo e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e divulgado em dezembro de 2020, oito em cada dez vítimas de violência sexual contra vulneráveis são do sexo feminino e têm até 13 anos. O pico dos abusos contra meninas ocorre aos 13 anos e contra meninos mais cedo, entre 4 e 5 anos.

Denúncias podem ser feitas pelos telefones 190 da Polícia Militar, 4450-6779 da Delegacia de Defesa da Mulher de Itapevi (DDM), e pelo Disque 100, canal de atendimento dos Direitos Humanos.

Além das divisas de município

A expectativa é de que a campanha ultrapasse os limites de Itapevi e possa ser adotada também em outras regiões do País. “Eu tenho alguns contatos na região do ABC, com a delegada doutora Daniela Del Nero, que é titular da DDM de São Caetano; e com a doutora Nicole Pierin, delegada da DEAM de Vesparziano, em Minas Gerais; e nós três temos contato com a fundadora do Instituto MILA Brasil Infância Livre de Abuso. A nossa ideia é levar essa campanha para o Brasil inteiro. Primeiro aqui na região da Grande SP, depois ABC e depois em MG. São passos para levar isso para todo o Brasil todo. Essa ação é conjunta porque não é um assunto exclusivo de Itapevi”, concluiu Priscila Gonçalves. (colaborou Maranhão)