Na quarta-feira, dia 8, entre 14h e 16h, acontece em Osasco uma manifestação contra o fim da função de frentista. A categoria está ameaçada por causa das propostas defendidas pelos deputados federal Vinícius Poit (Novo), autor do projeto de lei nº 2302/2019, e Kim Kataguiri (DEM), que assina o PL nº 2792/2019. Ambos tramitam na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Ato será realizado pela Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro) no data em que se comemora o Dia Nacional em Defesa do Emprego dos Frentistas.
Conforme o sindicado, manifestações vão acontecer em diversos pontos do Brasil. Em Osasco, haverá distribuição de panfletos mostrando o impacto da proposta na vida de milhares de trabalhadores.
O projeto de Kim Kataguiri, por exemplo, autoriza a implementação do sistema de atendimento self-service, utilizado em postos de combustíveis norte-americanos e europeus, em que os clientes acessam as bombas e abastecem seus carros por conta própria, sem passar por um funcionário no processo. Atualmente, a modalidade de atendimento é proibida pela lei 9956/2000, que é revogada no projeto de Kataguiri.
Além disso, o deputado considera pouco produtivo o atual modelo de funcionamento dos postos de combustíveis, havendo a necessidade de direcionar parte da categoria a setores mais estratégicos da economia.
Em nota, a Fenepospetro afirma que “a mudança provocaria demissão de 500 mil frentistas”, e acusa Kataguiri de ser o responsável por um “estopim do desemprego em massa” ao propor o projeto.
O parlamentar considera exagerado o temor da categoria. “Isso não significa o fim da profissão de frentista. Mesmo em países que adotaram as bombas de autosserviço, os postos escolhem continuar tendo frentistas, seja porque podem prestar outros serviços, seja por preferência dos clientes”, defendeu. (com informações: congressoemfoco.com.br)