Durante sessão da Câmara de Osasco desta terça-feira (5) vereadores de Osasco criticaram o deputado federal Kim Kataguiri (DEM) por apresentar, em Brasília, emenda à Medida Provisória nº 1.063/2021 que permite que postos de combustível possam operar de causa automatizada e sem frentistas.
Na prática, o próprio motorista abasteceria seu próprio veículo, assim como acontece nos Estados Unidos. A revolta contra o parlamentar, que integra o grupo do MBL (Movimento Brasil Livre), surgiu na tribuna durante votação à moção de repúdio nº 399/2021 apresentada pela vereadora Lúcia da Saúde (Podemos).
“O que pensar de uma pessoa como Kim Kataguiri que é participante de um movimento com integrantes que nunca pregaram um prego numa barra de sabão. Ele nunca assinou uma carteira. Ele não sabe o que é ser assalariado. Ao invés de se preocupar em baixar o preço da gasolina ele está preocupado em aumentar a miséria retirando postos de trabalhos”, criticou Emerson Osasco (Rede).
Na tribuna o vereador osasquense ainda afirmou que é inadmissível que pessoas mimadas como Kim e o grupinho do MBL estejam no poder. “Essas pessoas não sabem o que os trabalhadores passam. São pessoas mimadas que nunca trabalharam na vida e agora querem ditar regras aos trabalhadores. Se o Brasil está hoje do jeito que está é porque o Kim, junto com os seus amigos do MBL, jogaram o Brasil na sarjeta com esse governo genocida. E eles têm a mão cheia de sangue como esse presidente”, completou.
Juliana da AtivOz (PSOL) lembrou dos mais de 14 milhões de brasileiros desempregados. “A população se alimentando de carcaça de frango e estão querendo tirar postos de trabalho. Isso é lamentável”. Na semana passada, uma reportagem publicada no jornal Extra mostrou moradores do Rio que, sem dinheiro para comprar comida, recorriam a restos de ossos e carne rejeitados por supermercados para sobreviver.
Autora da moção, Lúcia também criticou o parlamentar do DEM. “Como ele vai falar sobre passar fome se ele nunca passou? A implementação desta emenda não impactará na redução no valor dos combustíveis porque o custo da folha de pagamento não representa 3% do custo total. Estou nesse movimento para que essas pessoas não sejam desvalorizadas”, finalizou. A moção de repúdio foi aprovada pelos vereadores.