Os deputados estaduais Paulo Fiorilo e Emidio de Souza, ambos do PT, protocolaram na sexta-feira, 1º, uma representação no Ministério Público Eleitoral contra o ex-governador João Doria (PSDB) por utilizar espaço e evento institucional para realizar propaganda eleitoral antecipada.
Na quinta-feira, 31, o então governador Doria utilizou um evento de sua agenda oficial, no caso o Seminário Municipalista, com a presença de prefeitos, secretários de estado e representantes do Legislativo, para anunciar a sua renúncia ao posto de governador de São Paulo e sua pré-candidatura à presidência da República.
Para os deputados estaduais o tucano violou ao menos dois pontos da Lei 9504/97. O primeiro deles refere-se a propaganda antecipada e o segundo foi a utilização de um espaço institucional dentro do Palácio dos Bandeirantes, como é o Auditório Ulisses Guimarães, para lançar sua pré-candidatura.
Para Emidio, Doria transformou o ato de renúncia em um comício. “Comício está fora de época e isso é crime eleitoral”, afirmou.
Para ele, o ex-governador usou recursos públicos para atacar adversários políticos. “Não pode quem está na máquina usar de uma maneira tão vergonhosa como o João Doria fez”, completou Emidio.