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Empresário de Parnaíba tinha R$ 9,5 milhões em gavetas

(Divulgação)

Da redação     -
02 de outubro de 2020

O Ministério Público de São Paulo, a Receita Federal e Secretaria Estadual da Fazenda deflagraram nesta quinta-feira (1°) uma operação contra um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo cinco grandes distribuidoras de medicamentos. Além das cinco distribuidoras, duas redes varejistas e uma associação nacional de distribuidoras de remédios são alvos da operação.

Na residência de um dos alvos, sócio de uma rede de farmácias, em Santana de Parnaíba, a polícia divulgou que encontrou R$ 8 milhões em quatro gavetas de um armário. Durante a tarde desta quarta-feira (1º) os policiais encerraram a contagem do dinheiro que chegou ao montante de R$9.525.250,00.

A investigação aponta que as fraudes causaram um prejuízo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos nos últimos seis anos. Na casa de um outro alvo, os investigadores encontraram R$ 200 mil em sacos de lixo. O montante teria sido descartado após a chegada dos policiais.

Foram cumpridos 88 mandados de busca e apreensão em empresas e na residência de pessoas ligadas aos esquemas na capital paulista, em cidades da Grande São Paulo e nas regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Marília, Piracicaba e Campinas. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás e Minas Gerais. A Justiça determinou o sequestro de 17 imóveis.

Segundo o MP, a investigação começou em 2017 com a deflagração da 1ª fase da Operação Monte Cristo, que tinha como alvo a rede de farmácias Farma Conde, com lojas na região do Vale do Paraíba. Na ocasião, foram assinados acordos de colaboração premiada com alguns dos investigados, que renderam confissões e pagamentos de débitos fiscais estaduais e federais no valor de R$ 340 milhões.

Em nota, a rede de farmácias FarmaConde disse que na ocasião prestou “os devidos esclarecimentos às autoridades de maneira a esclarecer a verdade dos fatos” e que “a empresa não faz parte do grupo de empresas investigadas nesse momento e que não guarda qualquer vínculo com tais empresas”. (g1.com.br)