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Empresas de ônibus ameaçam parar se não tiver reajuste

Divulgação

Da redação     -
02 de dezembro de 2021

O cidadão mais uma vez vai sentir no bolso o reflexo dos altos preços dos combustíveis. Dessa vez o setor afetado será o transporte público. As empresas de ônibus estão pedindo reajuste no valor da tarifa. Em Osasco, por exemplo, a passagem que hoje custa R$ 4,50 pode ultrapassar R$ 6,50.

Em entrevista ao jornal Giro, o prefeito de Osasco, Rogério Lins, disse que para 2022 não será possível manter a tarifa sem reajuste, como tem sido feito há três anos, e as empresas já cogitaram a possibilidade de greve caso o valor não seja reajustado.

“Esses aumentos [dos combustíveis] e a alta inflação estão tornando a operação inviável a ponto das empresas anunciarem que se não tiver o reajuste elas podem parar a operação, trazendo um transtorno ainda maior para a população”.

Como solução, Lins declarou que os cofres públicos poderão pagar parte do reajuste para que a população não tenha que arcar sozinha com o valor pleiteado pelas empresas.

“O município de Osasco e alguns municípios vão fazer um esforço orçamentário para subsidiar parte desse aumento para a população não ter que arcar com todo esse reajuste que as empresas estão propondo. Tarifa de R$ 4,50 pode ir para mais de R$ 6,50. Não acho correto ter que repassar todo esse reajuste para a população num ano difícil como esse que tivemos. Vou lutar até o último dia para que não aconteça esse aumento”, afirmou.

Mas antes da prefeitura assumir essas despesas, o prefeito já pediu ajuda em âmbito federal e estadual. Lins, que também é presidente do Cioeste e vice-presidente de empreendedorismo da Frente Nacional dos Prefeitos, esteve em Brasília, na semana passada, junto com mais de 60 prefeitos do Brasil para pedir apoio aos governos Bolsonaro e Doria.

“Pedimos [apoio] também ao governo do estado porque temos linhas intermunicipais. Temos que fazer um pacto com governo federal, estadual e as cidades para que a gente deixe para a população o menor aumento possível. Osasco vai fazer sua parte. Agora queremos que o governo federal e o governo estadual ajude nossa população”, concluiu o prefeito, afirmando que a decisão deve ser tomada até o dia 31 deste mês.