O esqueleto de uma baleia foi encontrado na praia da Barra do Una em Peruíbe, no litoral de São Paulo, neste fim de semana. A ossada, com cerca de quatro metros de comprimento, pode ser de uma espécie do tipo baleia-de-bryde enterrada na mesma região há 12 anos, segundo biólogo ouvido pelo G1.
A praia onde o esqueleto foi encontrado fica a 24,7 quilômetros de distância do Centro da cidade. A carcaça foi avistada por moradores da região, que compartilharam as imagens nas redes sociais. Um deles, o pescador Marcelo Rodrigues, de 46 anos, contou ao G1 que estava passeando pelo local quando viu o esqueleto na faixa de areia.
“Passo por ali quase todos os dias, mas naquele dia me deparei com aquilo tudo. Corri para casa, que fica perto, para buscar o celular e tirar fotos”, disse. Segundo o pescador, a estrutura óssea encontrada mede, aproximadamente, quatro metros de comprimento.
O biólogo marinho Douglas Rey dos Santos analisou as imagens do esqueleto a pedido do G1 e afirmou tratar-se, sem dúvidas, de uma baleia. “Apesar de parte da coluna estar enterrada, dá para perceber que são vértebras bem espessas do pedúnculo caudal de uma baleia”, explica.
“Principalmente pelo fato das costelas , que ficam na coluna torácica, não estarem presentes e um osso separado ser muito semelhante ao quadril vestigial”. Segundo ele, o esqueleto deveria estar enterrado há muitos anos. “Talvez a baleia morreu e ficou boiando por muito tempo antes do encalhe e soterramento”, opina.
Baleia enterrada há 12 anos
O biólogo marinho Thiago Augusto do Nascimento, responsável pelo Aquário Municipal e também presidente do Instituto Ambiecco, informou que foi acionado e que a ossada trata-se de uma baleia. Ele levanta a hipótese da ossada tratar-se de uma baleia-de-bryde de 14 metros que encalhou, já morta, naquela região em 2009.
“Quando apareceu esse esqueleto, eu lembrei desse encalhe. Não lembro de outro acontecido naquela região”, contou. Esta baleia, na época, foi enterrada naquela região e, segundo ele conta, conforme passaram-se os anos, a maré poderia ter levado a areia que encobria o animal. Ele diz, no entanto, que para ter certeza sobre a espécie da ossada e confirmar essa informação, seria preciso realizar análises e exames de DNA, devido ao estado de decomposição.
A praia fica dentro da Estação Ecologica Jureia – Itatins, sob responsabilidade da Fundação Florestal. No entanto, o Instituto Biopesca, uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e responsável pela gestão da praia onde a carcaça foi encontrada, tem autorização para atuar no local e afirmou que foi acionado nesta sexta. Uma equipe foi ao local verificar a ossada e por qual motivo ela surgiu, além de avaliar a possibilidade de remoção. (g1.globo.com)