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Estado admite não ter “fôlego” para abrir leitos na velocidade do vírus e Saúde deve entrar em colapso
Da redação     -
10 de março de 2021

Durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira (10), no Palácio dos Bandeirantes, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a criação de leitos para Covid exige uma complexa estrutura hospitalar e admitiu que o estado não tem condições de suprir a atual demanda, principalmente para casos mais graves.

“Estamos aumentando da forma que conseguimos. Quando eu falo aumentar número de leitos não é simplesmente um colchão, uma cama e um respirador. É além disso: a equipe que vai dar assistência a esse paciente. Estamos internando 130 pessoas a mais por dia nas UTIs. Nós não temos fôlego para abrir na mesma velocidade o número de leitos.”

A necessidade de liberação de leitos, principalmente de UTI, passou a ser imediata, uma vez que diversas cidades já registram colapso no sistema de saúde. Para entender a gravidade da situação, o governador João Doria anunciou, na mesma coletiva, abertura de mais 338 leitos para Covid até final de março; demanda no estado é acima de 400 novos leitos por dia.

Até ontem, 30 pacientes com Covid-19 morreram na fila de espera por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado de São Paulo nestes primeiros nove dias de março.

As mortes de pacientes que aguardavam liberação de leitos intensivos ocorreram em cidades localizadas na Grande São Paulo e no interior do estado.

Anteontem, em live, o prefeito de Osasco, Rogério Lins, também admitiu que essa segunda onda do coronavírus está agressiva demais. Osasco que, nunca tinha chegado a 80% de ocupação de UTI, registrou esse percentual no último domingo. Embora tenha ocorrido queda para 70%, o número assustou as autoridades. Na região, Jandira chegou a ter 100% de sua UTI preenchida e Cotia também.