Além do risco de colapso na rede pública da Saúde e da espera por mais doses de vacina contra a Covid-19, as prefeituras agora têm que lidar com um novo problema: o risco de faltar itens para o chamado ‘kit intubação’, composto por medicamentos insubstituíveis usados para intubar pacientes graves com coronavírus e, com isso, permitir que possam respirar mecanicamente.
Em Osasco a prefeitura alertou que a situação é complicada. Em nota ao Diário, a comunicação afirmou que “Osasco, como qualquer outro município, enfrenta dificuldades de aquisição destes medicamentos”, porém ressaltou que “com muito esforço da Secretaria da Saúde” a administração está trabalhando para que a situação não chegue ao extremo. “Os estoques estão críticos, porém sob controle”, completou.
Ainda em nota, a assessoria destacou a importância do apoio do governo do estado de São Paulo para que não haja falta desses medicamentos na rede pública de Saúde dos municípios. “Importante ressaltar que é de essencial importância a ajuda do governo estadual para manter os níveis de abastecimento”.
Atualmente todos os estados do Brasil sofrem como o risco de falta desses medicamentos. Um ofício do Conselho Nacional de Saúde (CNS) aponta que, em agosto do ano passado, o Ministério da Saúde cancelou uma compra internacional de medicamentos para o ‘kit intubação’.
Confira abaixo a nota completa enviada ao Diário pela prefeitura de Osasco:
“Com o alerta de diversos estados ao governo federal sobre a possibilidade de falta de medicamentos para o kit intubação, gostaria de receber algumas informações sobre a situação no município de Osasco.
Como é de conhecimento de todos, o ano de 2020 teve início com a notícia da descoberta de um novo vírus causador de doença pulmonar grave, que passou a ser conhecido como o novo coronavírus (Covid-19). Preliminarmente, no fim de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto constituía Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
Essa situação impactou a economia e as relações sociais em todo o mundo, inclusive nos municípios, particularmente nos mais populosos, conturbados e próximos aos epicentros infecciosos, como Osasco.
Para o enfrentamento da Sars-CoV-2, foi de extrema importância a agilidade nas ações, que em suma dependem de insumos, equipamentos, estruturas físicas e recursos humanos envolvidos nesta ação.
Essa excepcionalidade não prevista pela administração pública ou privada, exigiu ações direcionadas de forma efetiva ao combate a disseminação do coronavírus, sendo necessárias decisões rápidas e assertivas para que houvesse o impacto positivo na oferta de saúde para a população.
Com relação aos medicamentos utilizados para o enfrentamento deste novo vírus existe uma crise mundial de desabastecimento. Osasco, como qualquer outro município, enfrenta dificuldades de aquisição destes medicamentos, mas, com muito esforço da Secretaria de Saúde os estoques estão críticos, porém sob controle. Importante ressaltar que é de essencial importância a ajuda do governo estadual para manter os níveis de abastecimento”.